Nos últimos meses, as patinetes se espalharam pela capital paulista e conquistaram cada vez mais adeptos.
Dá para entender tanto sucesso. Explorado por empresas que permitem o uso compartilhado por meio de aluguel, o equipamento é prático, principalmente para percorrer curtas distâncias. O preço cobrado também atrai.
Como toda nova tecnologia que avança rapidamente, a moda trouxe alguns inconvenientes. Pedestres já estão reclamando de ter de dividir o espaço nas calçadas. E muitas patinetes também são deixadas em qualquer lugar, atrapalhando o ir e vir das pessoas.
Ainda que de forma provisória, a Prefeitura de São Paulo anunciou nesta segunda (13) regras para o uso adequado dos aparelhos. No geral, os objetivos são corretos, mas há pontos que vão gerar discussão --como quase sempre.
Ficam proibidos os equipamentos nas calçadas. Eles só podem ser usados em ciclovias e ciclorrotas, além de ruas onde a velocidade máxima dos carros seja de 40 km/h (o limite para as patinetes é de 20 km/h). Como se trata de um veículo frágil, com risco de provocar acidentes, o cuidado é necessário.
Pode haver questionamentos a respeito do uso obrigatório de capacete, que deverá ser fornecido pelas empresas. Não existe essa exigência, por exemplo, no caso de ciclistas.
A prefeitura acerta ao determinar que cabe às companhias recolher as patinetes estacionadas irregularmente, mas não estabeleceu um prazo para isso.
A legislação definitiva só deverá ficar pronta em 90 dias. Espera-se que, até lá, o tema seja bem estudado. Afinal, o trânsito em São Paulo precisa de soluções, não de novos problemas.
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