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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) ouviu vaias e aplausos no Maracanã, na conquista da Copa América pela seleção brasileira. A divisão da torcida reflete bem os sentimentos da população, como mostra pesquisa Datafolha.

Presidente Jair Bolsonaro perde o equilíbrio e tenta se apoiar no ministro Sergio Moro ao comemorar gol do Brasil - Reprodução

Segue estável o fla-flu que vem desde a eleição, na qual a forte rejeição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) beneficiou o eleito: um terço aprova Bolsonaro (33% de ótimo/bom), outro o reprova (33% de ruim/péssimo).

Existe ainda uma terceira parte que qualifica o presidente como regular (31%) ou escolhe dizer que não sabe (2%). São eleitores que poderão, a depender da situação, migrar para o grupo dos satisfeitos ou dos contrariados.

Em geral, o fiel da balança tende a se mexer com os ventos da economia. Por ora, esses não ajudam o Planalto.

O otimismo com o cenário segue em queda. Nenhum dos parâmetros sondados pelo Datafolha --desemprego, inflação, contas pessoais, situação do país e poder de compra-- apresentou reação.

As energias de Brasília têm se concentrado na reforma da Previdência. Mas, mesmo que o texto seja aprovado em breve, só uma fé cega pode levar a acreditar que vai produzir efeitos imediatos no cotidiano das pessoas.

Outro sinal de alerta para Bolsonaro parte dos jovens. Eles temem pelo futuro da educação, entregue a dois ministros tresloucados. O"‚ensino aparece como terceiro maior problema do país, depois de segurança pública e saúde.

O presidente parece acreditar que basta seguir jogando para sua plateia mais fiel, o que é perigoso. Uma atitude prudente seria prestar atenção maior aos 61% para os quais seu governo fez menos, até agora, do que se esperava.

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