Cortes no social
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Em seu ano de estreia no governo de São Paulo, João Doria (PSDB) deverá investir R$ 108 milhões a menos do que havia sido planejado na área social do estado. O setor é um dos que mais sofreram cortes na gestão.
Deverão ser afetados, principalmente, programas como Bom Prato e Vivaleite, alem do atendimento a adolescentes e idosos em situação de risco. E tudo isso em um momento de desemprego elevado e população empobrecida.
No caso do Bom Prato, uma vitrine dos governos tucanos, já há relatos de que, em alguns restaurantes, a comida acaba antes do fim do atendimento.
Com a crise econômica, os cortes na área social viraram rotina nos últimos anos. Em 2013, as despesas chegavam a quase R$ 1,3 bilhão (valores corrigidos); no ano passado foram só R$ 743 milhões.
A boa notícia é que os orçamentos de saúde, educação e segurança, áreas também essenciais, foram mantidos.
Possível candidato à Presidência da República em 2022, Doria investe em ações de visibilidade. Além de reforços na segurança pública, inclusive com publicidade na TV, o governador aumentou a grana para transportes em 5%. O setor é um ponto fraco do partido por causa dos atrasos nas obras do metrô.
Doria culpa o antecessor, Márcio França (PSB), pelo facão no social. Segundo ele, o ex-governador superestimou a arrecadação, o que motivou os ajustes. Já França diz que as mudanças refletem a "visão de mundo" do adversário.
Picuinhas políticas à parte, a verdade é que o cobertor está cada vez mais curto. Não há milagre: com menos dinheiro em caixa, algum setor terá de perder. O tempo (e o eleitor) dirá se as escolhas foram as mais acertadas.