Página virada
Brasil acaba de aprovar mais profunda reforma da Previdência Social
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Reformas da Previdência Social são difíceis em todo o mundo, mesmo em países ricos. Ninguém gosta de perder direitos, afinal de contas.
Pois o Brasil acaba de aprovar a reforma mais profunda em 30 anos, ou desde que a Constituição de 1988 estabeleceu o sistema de aposentadorias que conhecemos. A mudança demorou, mas foi aprovada pelo Congresso nesta quarta-feira (23) sem grande briga política nem protestos na rua.
Em boa parte, isso aconteceu porque não resta mais muita dúvida de que há um buraco nas contas do governo —e de que esse rombo vem travando a economia do país nos últimos anos.
Quando o governo gasta acima do que arrecada, precisa tomar dinheiro emprestado, e a dívida pública vai crescendo sem parar. Se nada fosse feito, essa história terminaria em calote geral. Por isso, pouca gente se arrisca a investir ou contratar nesse cenário.
Não foi à toa que a reforma andou mesmo sem muito empenho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) na negociação. Os deputados e senadores trataram de se mexer porque uma crise interminável não interessa a ninguém.
A mudança, claro, é amarga para muitos trabalhadores. Mas, infelizmente, trata-se de uma necessidade.
As novas regras têm o mérito de cobrar mais contribuição de quem ganha salários mais altos. Para o sistema ficar mais justo, é importante incluir os militares, cujas pensões são tratadas em um projeto de lei à parte.
Pelo menos essa página foi virada, e o país vai poder cuidar de outros assuntos. Problemas, afinal, não faltam num país que até hoje não se recuperou da recessão econômica de 2014-16.