Descrição de chapéu Editorial

Canudinhos em baixa

Proibição atinge nove unidades da federação

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Este verão deve ser o primeiro em que muita gente vai se deparar com a proibição de um clássico da estação mais quente do ano: o canudinho de plástico.

Canudo plástico em padaria da zona leste de São Paulo, em outubro de 2019 - Rivaldo Gomes/Folhapress

Reportagem publicada no Agora mostrou que oito estados e o Distrito Federal baniram o acessório em pouco mais de um ano. Em 17 dos 18 outros estados há projetos de lei para tanto. E 80 cidades também já têm suas regras.

Não é de hoje que ambientalistas alertam para a poluição dos mares por plásticos. Mas a luta contra os canudos ganhou força a partir de 2015, quando viralizou o vídeo de uma tartaruga com uma dessas peças presa no nariz.

Se leis não bastam para que os canudinhos sumam de vez de restaurantes, bares, quiosques e padarias, ao menos acompanham um aumento da conscientização de parte dos brasileiros.

Afinal, não é um sacrifício usar acessórios de papel, de metal ou mesmo de materiais naturais —ou simplesmente dispensá-los e beber direto do copo. Usados por poucos minutos, os canudos raramente são reciclados e podem demorar centenas de anos para se decompor.

Algo parecido aconteceu, há alguns anos, com as sacolinhas descartáveis. Obrigados por lei, mercados e outros estabelecimentos começaram a cobrar por elas. No começo houve chiadeira, mas depois muitos consumidores passaram a levar às lojas sacolas retornáveis, caixas de papelão ou carrinhos de compras.

O fim dos canudinhos é uma boa notícia, mas a humanidade precisa repensar a sua relação com o plástico descartável. São necessárias medidas mais drásticas e alterações de hábitos para evitar que os oceanos continuem a ser tomados por milhões de toneladas de badulaques não biodegradáveis todos os anos.

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