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Em decisão inédita na história do futebol brasileiro, a Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ) denunciou o Flamengo por conta de cantos homofóbicos entoados por sua torcida contra o Fluminense, no clássico do dia 12, no Maracanã.

A medida atende a uma nova ordem disciplinar e jurídica no esporte. É inadmissível que atitudes discriminatórias desse tipo sejam toleradas --até porque a Constituição prevê punição criminal a ofensas racistas e homofóbicas em qualquer lugar, inclusive nos estádios.

Mesmo quem é do futebol, um meio tradicionalmente machista e conservador, precisa entender que os tempos mudaram. Não se trata de "brincadeira" com a torcida adversária, como muitos acreditam ou fingem acreditar. 

Não é à toa que o novo Código Disciplinar da Fifa prevê medidas disciplinares para coibir "discriminação de qualquer tipo" contra países, opiniões políticas, cor da pele, etnia, origem social, gênero, orientação sexual, língua, religião etc.

Na Europa, episódios de racismo são mais antigos e frequentes. No último domingo (16), em Portugal, o atacante negro Marega, do Porto, que enfrentava o Vitória de Guimarães, viu-se alvo de deboches e ataques raciais. Diante do absurdo, o atleta abandonou o campo.

Em torneios europeus já houve até mesmo manifestações em favor do nazismo. No caso da homofobia, as dificuldades vão além dos cantos e gritos dos torcedores. Afinal, quantos jogadores já se declararam publicamente gays?

Por mais que mudanças culturais demorem, é necessário que não apenas órgãos ligados ao esporte atuem com rigor. Polícia e Justiça devem punir essas atitudes inaceitáveis sem vacilar.

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