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A sociedade começa a despertar de uma certa perplexidade agravada pelo isolamento social na pandemia. Multiplicam-se agora, felizmente, manifestos em favor da democracia para encarar as repetidas agressões do presidente Jair Bolsonaro à Constituição.
Até adversários puseram as divergências de lado para defender a liberdade de expressão e outros direitos.
Iniciativas como Estamos Juntos, Basta! e Somos 70 por cento ganham adeptos rapidamente.
Promotores e procuradores também já reagem à falta de ação --para dizer o mínimo-- do procurador-geral da República, Augusto Aras, diante dos desmandos do Planalto.
A reprovação ao presidente avança e já chega a 43% dos entrevistados, segundo o Datafolha. Ainda que seja complicado mobilizar a maioria descontente em meio aos riscos da Covid-19, a opinião pública já nota semelhanças com as Diretas Já, movimento histórico que varreu a ditadura militar (1964-1985).
O presidente e sua família, crias do baixo clero parlamentar, estão enrascados em múltiplas frentes, policiais e judiciárias --e devem esclarecimentos.
Rachadinhas, conexões com as milícias, aparelhamento da Polícia Federal, devastação ambiental e gestão irresponsável frente à pandemia. As condutas suspeitas ou escandalosas se espalham, enquanto os bolsonaristas mais fanáticos gritam contra a Justiça.
É verdade que faltam votos para deslanchar uma investigação de crime de responsabilidade. Mas esses novos manifestos são um sinal de que existem setores vigilantes. Bolsonaro está cercado, mas o bastião da Presidência é forte. Há um caminho duro pela frente para os que respeitam e valorizam a Constituição.