Queiroz assombra Bolsonaro
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A figura de Fabrício Queiroz assombra o Planalto. Amigo e auxiliar de Jair Bolsonaro desde 1984 e ex-assessor do hoje senador Flávio Bolsonaro (Republicanos)"‚ na Assembleia Legislativa do Rio, ele está no centro das investigações que envolvem a família do presidente.
Apurações recentes do Ministério Público do Rio aumentaram a suspeita de que Queiroz, Flávio e o atual presidente atuavam de forma coordenada. A filha do ex-assessor, Nathalia, teria cedido 77% do seu salário no gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro ao esquema de "rachadinhas" na Alerj.
Antes, já tinha dado ao pai 82% do que ganhou na Assembleia entre 2007 e 2016.
Para piorar o caso, sabe-se que a família Queiroz depositou ao menos 27 cheques na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Há quem tente minimizar o escândalo dizendo que se trata de valores baixos --o que não vem ao caso, dada a importância da Presidência.
Também há a suspeita de que Queiroz serviu de elo entre o gabinete de Flávio e o submundo das milícias do Rio.
Desde a redemocratização do país, presidentes já caíram por acusações de desmandos no poder --rapidamente, no caso de Fernando Collor. Outros, como Michel Temer (MDB), conseguiram sobreviver no cargo apesar de estarem rodeados por denúncias.
O que dita a estabilidade no mandato, no final das contas, é o apoio nas ruas, no Congresso e no mercado. Com a popularidade em alta neste momento, Bolsonaro não corre riscos imediatos.
Isso não pode servir de pretexto, porém, para fazer corpo mole nas investigações. Um presidente da República precisa responder pelo que faz e pelo que fez em sua trajetória política.