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Em relação aos demais Poderes, o Congresso Nacional frequenta a lanterna na avaliação dos brasileiros. Em pesquisa Datafolha de agosto, era tido como ruim ou péssimo por 37% do eleitorado e ótimo ou bom por apenas 17%.
Já o Supremo Tribunal Federal obtinha equilíbrio entre reprovação e aprovação (29% e 27%, respectivamente), assim como o presidente Jair Bolsonaro --34% e 37% (saldo positivo na margem de erro).
Sem fechar os olhos para condutas viciadas de não poucos deputados e senadores, deve-se reconhecer, porém, a atuação relevante da atual legislatura. Até aqui, soube se portar com altivez diante de um presidente empenhado em desmoralizar a política e as instituições.
O Congresso foi capaz de liderar a reforma da Previdência e a criação do auxílio emergencial durante a pandemia, sem os quais a situação do país seria muito mais precária hoje. Também derrubou medidas provisórias e decretos abusivos, além de responder de público às fanfarronices de Jair Bolsonaro.
A preservação dessa postura precisa ser tema central nas eleições internas que, em fevereiro, definirão os sucessores de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), respectivamente presidentes da Câmara e do Senado.
Deve-se questionar Arthur Lira (PP-AL), alvo de ações penais no STF e candidato de Bolsonaro ao comando da Câmara. Mas também não pode ser poupado o seu adversário, Baleia Rossi (MDB-SP), que precisa responder por suspeitas de malfeitos passados. Exige-se o mesmo rigor com os postulantes ao Senado.
Aqui, nem é oposição que se cobra: um Congresso mais submisso ao Planalto seria, a esta altura, um grave retrocesso no amadurecimento democrático do país.