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“Guardiola é mais marketing do que técnico”. “Eles jogam de maneira irresponsável, mas com responsabilidade”. “Não gostei dele [árbitro] me paquerando o jogo todo”. “A federação tinha que levar porrada”. Em um universo cada vez mais fechado e dominado pelo media training —que torna as raras entrevistas com jogadores pouco atraentes e muito repetitivas—, faz falta no futebol nomes como o de Vanderlei Luxemburgo.
Tão folclórico quanto carismático, o “profexô”, como é conhecido, assumirá o Vasco neste domingo (19), diante do Avaí, após 500 dias parado, com a dura missão de impedir que a nau portuguesa naufrague rumo à Série B do Brasileiro.
“Continua apontado para o céu”, brincou, em sua chegada ao Cruzmaltino, ao ser questionado sobre seus 67 anos, ressaltando que não estava velho nem ultrapassado.
O técnico garantiu ter se atualizado no período em que esteve afastado dos gramados e até virou youtuber, comentando futebol na internet. O lado empresarial também aflorou. Luxa só não fez sua estreia na goleada sofrida para o Santos por causa de um compromisso inadiável: o lançamento de sua própria cachaça, que parece ser da boa.
Com amplo repertório de polêmicas e sempre com a língua afiada, Luxemburgo desperta amor e ódio em torcedores, jogadores, jornalistas e árbitros. Já partiu para cima de um gandula em um Gre-Nal, colou um esparadrapo na boca após ser suspenso, no Flamengo, e deu uma fralda para o novato Gladstone, jogado na fogueira no duelo da taça do Cruzeiro no Brasileiro de 2003: “E aí? Vai ser campeão ou vai se borrar todo?”, perguntou.
O treinador bateu de frente com ídolos como Romário, Edmundo e Marcelinho, que ainda o cobra na Justiça por ter sido chamado de “moleque” e “safado” na TV, e até discutiu com o presidente do Real Madrid em um saguão de hotel.
Apesar do ego inflado e de tantos problemas dentro e fora dos gramados, é bom ver Luxa de volta para animar o coreto.