Caneladas do Vitão: Brasil ganha do Qatar e perde o amor-próprio para Neymar
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Brasil, qual é teu negócio? O nome do teu sócio? Confia em mim... Alô, povão, agora é fé! Com Neymar por 20 minutos em campo, até sair com gelo no tornozelo direto para o hospital (será cortado?), o Brasil bateu o supimpa Qatar por 2 a 0, em Brasília, com gols de Richarlison e Gabriel Jesus.
Se Neymar for cortado (por razões médicas e não por decisão da CBF!) da Copa América ou permanecer, o Brasil já perdeu! Foi uma humilhante derrota institucional ter mantido o filho do Neymar papai no grupo!
Sua convocação já era questionável pelo fato de ter socado um torcedor na final da Copa da França, mas, desde a acusação de estupro e a posterior divulgação vil por parte dele, da intimidade com a suposta vítima, manter Neymar significou transformar a concentração da CBF em delegacia da polícia e obrigar toda a delegação a falar do assunto diariamente. Não se trata de condenar antecipadamente o que cabe à Justiça deliberar. Mas é um absurdo a seleção ficar refém do jogador!
Foi constrangedor ver Tite demorar uma eternidade para, cheio de dedos, "explicar" como avisou o Neymar que o menino de 27 anos perdeu a faixa de capitão para o seu amigo "Dani". Como é ridículo e injusto todo jogador, que não tem nada a ver com os problemas de Neymar, ter que, a cada entrevista, responder o que acha das fotos, da acusação de estupro, do soco em torcedor... Até quando o "grupo" vai se sujeitar a isso?
O Brasil foi bicampeão mundial sem Pelé, após a contusão do Rei em 1962, foi penta sem Romário, em 2002. Muito mais do que isso, o escrete jamais foi desrespeitado por Zico (ou pelo seu Antunes), por Pelé (ou seu Dondinho), por ninguém.
Ganhar ou perder mais uma Copa América não faz a menor diferença para quem sabe que, esportivamente, o que vale é a Copa do Mundo. E pior do que não ganhar o Mundial é perder completamente o amor-próprio e o respeito. Se Edu Gaspar acha "difícil ser Neymar", ninguém na CBF tem ideia de como é difícil torcer para isso que virou o time da CBF. É tóis, parça!
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!