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O sul-americano, antes de tudo, é um forte. Relegado à sorte. Torcedores do Strongest e, em maior número, do Bolívar sobrevivendo invisíveis por todos os lados. Formigueiro desumano. Não há vagas nas escolas até para brasileiros, faltam moedas para esmolas para miseráveis locais e estrangeiros.
A Bolívia é aqui, no Grande Pari. Metonímia incontinente de injusto continente. Esperança verde como a camisa da seleção boliviana empacada nas péssimas condições de "trabalho". Situação precária, análoga à vivida pelo escravo. Que, ao contrário do que disse canalha travestido de príncipe, não é parte do ser humano. Preconceito, antes velado, agora escarrado, escancarado. Do abastado empresariado ao operário um pouquinho mais graduado. Espírito pobre de quem é pobre até de espírito.
Pari é só um exemplo. O centro da questão, em área adjacente espelhada em todo o continente, é a condição de vida desumana, triste, deprimente. Não seria absurdo a expressão "morrer no Brás" surgir dessa ignóbil, abjeta realidade. Que, à vera, não é dura só no Brás. É grave como o acento que marca a crase. Como bem sabe a modelo Najila que teve o "trás" divulgado na conversa do WhatsApp com Neymar. Exposição que traz problemas. Menos é mais. Mas ao menos ela não culpou hacker de Telegram. Pingo no i. Não é a tecnologia. O problema, desde os idos do telegrama, é a desigualdade social.
A sociedade vive, revive, sobrevive a um drama. Para quem pode ostentar e pagar a conta, Riconcito é do Peru! Ceviche à brasileira. Pastiche. Regado a disse-me-disse. Por cima da carne seca, arrotando sabedoria sobre a crise alheia. A classe média e sua fixa ideia. Não vamos a Cuba. Segue o baile, charuto pós-café, o assunto chega à Venezuela. Se tem "presidente" autoproclamado porque não teria zé ruela autointitulado profundo conhecedor, historiador?
O papel aceita tudo. Desvalorização real da vida. A conta sempre chega. Mas não chega nunca o acerto de contas da história. Bater panela para quem pode degustar as melhores parrillas uruguaias e argentinas é mole, mole, mole como ancho de primeira.
Com Cabernet chileno, narizinho mergulhado no copo, gesto frutado, mais um gole. A Copa América real é aqui. E não há a menor similaridade nem identidade com a realidade hoje vivida pelo seleto e importado elenco comandado por Tite.