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Sabe quem perguntou por você? Ninguém... Alô, povão, agora é fé! A Copa América (ainda) não pegou. E não dá sinais de que pegará...
Não me refiro apenas à frieza do púbico e da falta de lotação dos estádios, mas ao clima na cidade, nos bares, nas esquinas, no mundo real…
Por razões profissionais, pessoais, familiares e paternais, circulei pelos mais diferentes ambientes neste final de semana, de pico de grã-fino à periferia mais afastada, pelos quatro cantos da cidade de São Paulo e, por onde passei, da minha ZL à ZS, da classe A à Z, ninguém falou de Brasil 3 x 0 Bolívia, Argentina 0 x 2 Colômbia, de Coutinho, de Messi, de ninguém! Impressionante como a Copa América não está mexendo com o povo.
Assim como imagino que acontece com todo o mundo de toda área, as pessoas, que me conhecem ou me identificam como jornalista esportivo, sempre querem falar de futebol. Até por isso, imagino sobre o que versa o bate-papo do ginecologista com os amigos...
Voltando à minha menos excitante realidade, é um tal de Vitão, fala pro Neto...”, “Vitão, Clayson não dá”, “Vitão, tem que falar mais da Lusa no Agora”, etc… Pode ser no boteco, no restaurante, no velório, no jogo do meu filho, na padoca ou no mercado, o assunto é futebol e nunca foi Copa América, seleção...
No prédio onde moro, no campinho em que meu filho jogou, em Guaianases, e no Morumbi, abordaram-me para perguntar se o Carille fica no Timão ou se vai voltar pro mundo árabe, questionaram-me se o Palmeiras já é campeão, se o São Paulo de Cuca embala, enfim, depois da parada; se o Sampaoli pode levar o Santos a brigar com o Palmeiras… Mas não teve nenhuma —repito— nenhuma alma que me perguntou se boto fé na seleção do Tite, se concordo com a convocação, se prefiro Cebolinha ou David Neres…
Ao contrário, registre-se, do que acontece em relação à seleção feminina, já que colou bacana cornetando Vadão, outros elogiando a Cristiane e até teve gente me perguntando se dá para ganhar da Itália...
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!