Chuva de prata que cai sem parar... Alô, povão, agora é fé! Tão previsível quanto a vitória por 3 a 0 sobre a Bolívia (placar, precisa e modestamente, “antecipado” em Caneladas do Vitão) foi o comportamento frio da “torcida”.
E é óbvio que, além do fraco desempenho, especialmente no primeiro tempo, o preço exorbitante do ingresso tem relação clara e direta com o silêncio ensurdecedor ouvido no Morumbi. É uma insanidade imaginar que 46.432 pagantes geraram a renda recorde de R$ 22.476.630!
Thiago Silva foi na mosca. “As pessoas vêm e pagam caro, querem ver show, querem ver gols e, quando isso não acontece, é natural que aconteça um pouco de vaia. Deveria ter mais sensibilidade na definição dos preços.”
O futebol é o mais democrático dos esportes e é uma estupidez preconceituosa cravar que grã-fino não gosta de futebol… Mas, dito isso, você pode ser pobre de marré-marré ou ser playba, se paga vintão em um comercial no boteco tem um grau de exigência. Agora, se paga um barão em um bagulho tipo queijo e vinho, vai fazer biquinho se servirem a bagaça em copo de plástico e se servirem ricota em vez de parmesão Faixa Azul…
Com ingresso médio na casa dos R$ 485 (quase 500 pilas), tem que ser um show de patrão, goleada, jogadas fantásticas… E o banheiro precisa ser tipo aqueles do Japão, que têm mais botão do que volante de Fórmula 1 para o bacana fazer o número 2 com o bumbum quentinho.
Meio barão para virar zerado e só abrir o placar com VAR, truta, é vaia! Seja de pobre que economizou 818 anos ou de rico que comprou por impulso e nem se lembrou de ir ao jogo...
Quem paga D.O.M. não engole McDonald’s. Nada contra o fast-food (ontem mesmo mandei três BigMacs pra dentro, sem batata, porque tô de dieta), mas o clássico do dia custa R$ 7,90 ou dois por R$ 15. Aí vale caixa de papelão, copo de plástico, sachê de catchup, guardanapo ralé e 818 pedras de gelo para colocarem menos Coca.
Machado de Assis: “Há coisas melhores que se dizem calando”.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!
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