CNBB libera idosos e doentes de irem às missas

Conferência nacional dos Bispos também orienta a suspensão de eventos com aglomerações, como casamentos

Emerson Vicente
São Paulo

A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) divulgou um comunicado nesta segunda-feira (16) liberando idosos e enfermos católicos de irem às missas semanais, por causa da pandemia do coronavírus. A recomendação é assistir às celebrações pela TV da rede católica em cada cidade.

Segundo a entidade, “45 arquidioceses e 217 dioceses têm adotado medidas para prevenir a contaminação e transmissão do coronavírus como forma de evitar que muita gente fique doente ao mesmo tempo e sobrecarregue os hospitais”.

Além disso, a CNBB orientou as paróquias a suspenderem a realização de encontros, assembleias, seminários e outros eventos que contribuam para aglomerar pessoas pelo prazo de 15 dias.
A medida inclui batizados e casamentos, mas cada diocese deverá determinar o que fazer.

Movimentação de fieis na igreja Nossa Senhora do Brasil, na zona oeste de SP - Rubens Cavallari/Folhapress

Arquidiocese de São Paulo ​ também apresentou medidas por conta da difusão do Coronavírus na capital paulista. A entidade recomenda que as igrejas sejam mantidas abertas, limpas, e bem ventiladas, para as celebrações e atividades religiosas. Outras medidas são aumentar o número de celebrações para evitar grandes aglomerações e durante as celebrações evitar o contato físico.

Segundo nota divulgada pela Arquidiocese, "os idosos e outras pessoas que fazem parte do grupo de risco para desenvolver formas graves da doença, podem acompanhar as celebrações da liturgia em suas casas, através dos meios de comunicação, até que seja superada a pandemia".

Prevenção

Lugares públicos abertos

  • Evite aglomerações
  • Parques e praças estão liberados se não estiver com sintomas de gripe ou resfriado

Lugares públicos fechados

  • Restrinja o máximo possível
  • Evite se apoiar no corrimão ou em móveis
  • Mantenha a distância mínima de um metro de outras pessoas

No banco

  • Se for imprescindível ir, use máscara e álcool gel 70% nas mãos
  • A máscara deve ser descartada após o uso
  • Ao se despedir, não dê a mão, não beije nem abrace o funcionário

No supermercado

  • Evite ir ou vá apenas quando for necessário
  • Se possível, peça para um parente ou vizinho menos vulnerável fazer as compras necessárias

Na igreja

  • Evite contatos de afeto, como beijo, abraço ou aperto de mão

Em casa

  • Abra janelas e mantenha os ambientes ventilados
  • Recuse visitas de pessoas que estejam com sintomas de gripe ou resfriado
  • Não compartilhe utensílios de cozinha, como copos, pratos e talheres e lave-os após o uso
  • Se seguir as orientações de higiene pessoal, não precisará desinfetar a casa com álcool, por exemplo
  • Se estiver com sintomas de gripe ou resfriado, evite sair de casa

Higiene pessoal

  • Lave as mãos frequentemente ou aplique álcool gel
  • Não há necessidade de usar um sabonete bactericida
  • Evite levar as mãos ao nariz, olhos e boca
  • As mãos tocam muitas superfícies e podem estar contaminadas. Ao tocar nariz, olhos e boca, você poderá levar o vírus para dentro do seu corpo
  • Ao tossir ou espirrar, cubra o rosto com o cotovelo
  • Medidas como essa evitam que o vírus se espalhe no ar quando alguém tosse ou espirra

Lenço de pano

  • Deixe guardado na gaveta e só volte a usar quando passar os casos
  • Use papel higiênico para assoar o nariz e descarte após o uso

Procurar atendimento médico apenas quando tiver os seguintes sintomas:

  • Falta de ar em movimento ou em repouso
  • Dificuldade para respirar
  • Febre alta persistente
  • Tosse
  • Mal estar intenso
  • Se não tiver máscara, avisar dos sintomas na entrada do serviço de saúde e pedir uma

Idosos mais vulneráveis

  • Acima de 80 anos
  • Com doenças crônicas, como diabete não controlada
  • Com DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), como bronquite

Fonte: Jamal Suleiman, infectologista do Hospital Emílio Ribas

Assuntos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.