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Ô, ô, ô, gente estúpida, ô, ô, ô, gente hipócrita... Alô, povão, agora é fé! É muito difícil concentrar os esforços para analisar a ótima campanha do líder Santos de Sampaoli, na expectativa são-paulina com as chegadas de Daniel Alves e Juanfran e nas possibilidades palmeirenses e corinthianas, respectivamente, na Libertadores e na Sul-Americana quando vivemos, também no futebol, tempos de ignomínia, idiotia, covardia, selvageria e canalhice explícitas.
Na véspera do Dérbi, parcela da torcida organizada palmeirense foi ao CT do clube pressionar e, à luz do dia, de forma criminosa, ameaçar de morte Felipão, atitude que não foi impedida por nenhuma autoridade; no clássico, o torcedor corinthiano Rogério Lemes foi levado pela polícia por protestar contra o presidente Jair Bolsonaro. Não há defesa de Cássio ou gol de Felipe Melo que seja mais importante que a morte progressiva da civilização!
Os absurdos paulistanos merecem registro, grifo e barulho por se tratarem de cenas abjetas de ameaça de morte, de censura e de ditadura, mas o futebol é uma vergonha sem fronteiras. Na quinta, Gil foi vítima de racismo, dentro de campo, no Uruguai; no final de semana, Malcom, foi vítima de racismo da própria torcida do russo Zenit.
E não aconteceu nada a quem ameaçou Felipão, a quem agrediu moralmente Gil e Malcom, a quem intimou o torcedor. Continuamos, como sociedade, normalizando os absurdos e aceitando fim dos direitos básicos.
Voltando ao Dérbi, ninguém levantou a voz sobre o fato de ser torcida única. Torcida, cartolagem, imprensa, dirigentes, jogadores, todo mundo trata essa aberração como algo normal. O que nasceu, de forma ditatorial e imposta pelo Estado incompetente, como algo provisório, virou definitivo e ninguém mais fala nada a respeito e segue o jogo...
Sem paciência para passadores de pano, irmão!
Franz Kafka: "O importante é transformar a paixão em caráter".
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!