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Na saída do estádio de Itaquera, na última quinta-feira, o clima era de lamentação pelo empate por 0 a 0 do Corinthians com o Fluminense. Muitos alvinegros se afligiam ao recordar o cabeceio de Gustavo no travessão. Vários outros lastimavam o fato de que o técnico Fernando Diniz havia sido demitido do adversário justamente antes da visita tricolor à zona leste paulistana.
Sem Diniz à beira do campo e sem sua estratégia camicase dentro dele, a equipe carioca teve um comportamento conservador. O treinador interino Marcão fechou a defesa com atletas fortes, deixou os experientes Ganso e Nenê à frente e saiu de São Paulo com o resultado que buscava.
Se é impossível assegurar que o placar teria sido diferente sem a troca no comando do Fluminense, parece óbvio que o desenho do jogo teria sido outro. Diniz gosta de marcar no ataque e ter a bola; os visitantes marcaram dentro do próprio campo e tiveram 44% de posse de bola.
Os conceitos do treinador têm sua lógica e devem ser respeitados. Especialmente em um momento no qual ideias contrárias têm enorme dificuldade de convivência, vale olhar com atenção o plano de jogo que amealha tantos fãs, sobretudo na imprensa esportiva.
O problema é que, demissão após demissão, os resultados se repetem. O Fluminense tem 12 pontos em 15 rodadas de Brasileiro e está na zona de rebaixamento. No ano passado, o mineiro deixara o Atlético-PR em situação semelhante: 9 pontos em 12 rodadas e zona da degola.
Não cola a justificativa de que Diniz lida com elencos fracos. Aquele Atlético virou Athletico e se tornou campeão da Copa Sul-Americana. O Fluminense não deve virar Phluminense, mas, ao abrir mão do quixotismo, pode fazer o mesmo.
Nada contra sair da mesmice, fugir do padrão e buscar um jogo vistoso. Mas o futebol ainda é um esporte cujo objetivo é fazer mais gols do que o adversário. E os times de Fernando Diniz, até hoje, não se saíram bem nessa tentativa.