Na Sobra: Cheiro estranho no ar
Após mudar treinadores, Bayern de Munique e Corinthians voltam a jogar bem
Conteúdo restrito a assinantes e cadastrados
Você atingiu o limite de
5 reportagens
5 reportagens
por mês.
Tenha acesso ilimitado: Assine ou Já é assinante? Faça login
Jogador derruba técnico? É uma questão delicada, que sempre vem à tona quando um profissional é demitido e logo em seguida o time, surpreendentemente, ganha uma injeção de ânimo. Sem provas é leviano apontar que isso ocorra, mas dois bons exemplos do fim de semana dão margem para teorias da conspiração.
Na última coluna, eu apontei que as demissões de Fábio Carille e Niko Kovac, respectivamente, de Corinthians e Bayern de Munique, tinham muito mais coisas no ar do que simplesmente o desempenho em campo. A troca de comando soou estranho, afinal os dois treinadores vinham de campanhas com títulos. Era nítida, porém, a insatisfação dos atletas, no caso do clube alemão com a maneira de atuar, e, no Corinthians, os jogadores estavam fartos das declarações do chefe de que faltavam peças para realizar determinadas funções táticas.
Como em um passe de mágica, o clube bávaro e o Timão tiveram desempenhos excelentes. Em casa, o Bayern atuou leve e solto e conseguiu duas vitórias convincentes. Na primeira, pela Liga dos Campeões, a equipe derrotou por 2 a 0 o Olympiacos-GRE, na última quarta (6), e se classificou com duas rodadas de antecedência às oitavas de final. No último sábado (9), a torcida esqueceu que o time não vinha bem e festejou a goleada por 4 a 0 sobre o Borussia Dortmund.
Nos mesmos dias, o ressurgimento do Timão. Primeiro, os corintianos, que vinham de oito partidas sem vitória no Brasileirão, ganharam do Fortaleza, por 3 a 2, dois gols do argentino Boselli, que, muito antes da queda de Carille, criticou abertamente o esquema defensivo do ex-treinador do Alvinegro. Não houve um triunfo no duelo seguinte, mas, ao segurar o Palmeiras no Dérbi, os corintianos acabaram de vez com o sonho do título do rival.
Essa súbita melhora faz pensar, mas não podemos afirmar que as quedas foram orquestradas pelos jogadores. Porém, é nítido que eles deram uma forcinha para deixar os ex-comandantes desempregados.