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Caneladas do Vitão: Futebol solidário não é brinquedo, não!

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São Paulo

Zona leste somos nós, lutando com galhardia, zona leste somos nós, o lirismo e a própria poesia... Alô, povão, agora é fé! Final de ano, vibração de amor, espírito natalino ainda presente e, pois, esqueçamos o capitalista mercado da bola, os canalhas que habitam o mundo da bola e voltemos a falar do que o democrático futebol tem de mais legal, que é a oportunidade de fazer amigos, socializar, divertir-se e, se possível, dar uma força a quem mais precisa, sem perder a ternura jamais.

Jogo festivo entregou 4.000 brinquedos a crianças do Jardim Helena, do extremo leste paulistano - Sérgio Cruz/Sérgio Cruz Fotografia/Divulgação

Foi o que rolou no último domingo, no CDC Jardim Helena, extremo leste de São Paulo, em um amistoso entre dois times da Rádio Coringão. Além do jogo (minha modéstia me impede de revelar que o meu time ganhou de 8 a 3, com direito a gol de pênalti anotado pelo meu Basa), do churras e do sambão que comeu solto no CDC lotado, o mais legal foi a distribuição de 4.000 brinquedos a crianças carentes da região, uma iniciativa da rapaziada da rádio em parceria com a Clínica Segunda Geração, que doou os presentes.
Na fila para retirar os brinquedos, muitas crianças e os pais vestiam camisas de rivais do Corinthians e, como tem de ser, não teve qualquer constrangimento ou menos emoção na entrega nem no recebimento das lembranças! 

A prova de que imbecis são minoria e de que é possível construir, desde já, um futuro com mais amor e solidariedade e menos estupidez é que o Brasil somos todos nós, somos muito mais Jardim Helena do que torcida única. Mulheres, homens, negros, brancos, crianças, velhos, corinthianos, palmeirenses, santistas, são-paulinos, sambistas, truqueiros, turma do dominó, atletas e manguaceiros dividiram e curtiram o mesmo espaço.

Como o bem é maioria, está na hora de o normal e o desejável virarem regra! Chega de normalizar e aceitar a barbárie também no futebol!

José Saramago: "Há coisas que nunca se poderão explicar por palavras". 

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!

Vitor Guedes

44 anos, é ZL, jornalista formado e pós-graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, comentarista esportivo, equilibrado e pai do Basílio.

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