Descrição de chapéu Opinião

Caneladas do Vitão: Uma vez, futebol brasileiro, nunca mais, futebol brasileiro?

Conteúdo restrito a assinantes e cadastrados Você atingiu o limite de
por mês.

Tenha acesso ilimitado: Assine ou Já é assinante? Faça login

São Paulo

Tempo rei, ó, tempo rei, ó, tempo rei, transformai as velhas formas do viver... Alô, povão, agora é fé! Há exatos 29 anos, em 16 de dezembro de 1990, o Corinthians de Neto vencia o São Paulo, no carrinho de Tupãzinho, conquistava o Brasil pela primeira vez e carimbava a trajetória —de mais sofredora para mais conquistadora— iniciada em 13 de outubro de 1977.

O novo rumo alvinegro conheceu seu auge há exatos sete anos, em 16 de dezembro de 2012, em Yokohama, com o chorado e corinthianíssimo gol (à Basílio ou à Tupãzinho) de Guerrero. Foi o último título mundial do futebol sul-americano, que, de lá em diante, só colecionou derrotas e vexames.

O capitão Alessandro levanta a taça do Mundial de Clubes conquistada pelo Corinthians em 2012, no Japão, após derrotar o Chelsea - Toshifumi Kitamura - 16.dez.12/AFP

O futebol brasileiro mudou muito do final dos anos 70 para cá… Vale, óbvio ululante, também para o Flamengo. O esquadrão de 1981 enfiou 3 a 0 no Liverpool, no Japão, com Leandro, Júnior e Zico, titulares indiscutíveis de Telê Santana na Copa do Mundo de 1982. E o mestre, se quisesse, poderia, sem forçar a mão, ter escalado Raul, Mozer, Andrade, Adílio... Não seria nenhum absurdo.

O Flamengo de hoje, disparado o melhor time brasileiro e campeão sul-americano de forma incontestável, encara o Liverpool, se avançar, sem nenhum jogador que é titular da seleção brasileira.

E os atacantes Gabigol e Bruno Henrique, nomes citados e até cobrados como possíveis titulares no escrete de Tite, não jogariam no Liverpool de Jürgen Klopp, que conta com o trio Mané, Salah e Firmino.

Muita gente lembra que os brasileiros não conseguem competir economicamente com os europeus. Essa verdade, inconteste, não pode camuflar outra constatação: a seleção brasileira titular, completa, poderia até ganhar do Liverpool em um hipotético duelo, mas não seria favorita. Em 1981? Não daria nem jogo! Seria uma teta!

Machado de Assis: “Convêm que os homens digam o que não sabem e, por ofício, o inverso do que sabem. Assim se forma esta outra incurável: a esperança”.

Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!

Vitor Guedes

43 anos, é ZL, jornalista formado e pós-graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, comentarista esportivo, equilibrado e pai do Basílio

Notícias relacionadas