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Joga bola, jogador... Alô, povão, agora é fé! Muito se falou, com excessivo holofote tático, da necessidade de Vanderlei Luxemburgo e, principalmente, de Tiago Nunes, mudarem a forma de Palmeiras e Corinthians atuarem, privilegiando a técnica. Também se cobra que Fernando Diniz transforme a overdose de posse de bola são-paulina em objetividade, vitórias em clássicos e títulos, e que Jesualdo Ferreira mantenha a última impressão deixada por Sampaoli, que massacrou o campeão Flamengo na rodada derradeira do Campeonato Brasileiro.
Não serei eu, que me derramei em elogios a Jorge Jesus no ano passado e, em momentos diferentes, respeitando todas as proporções, Guardiola, Klopp, Tite, Carille, Luxa e Telê, entre outros, que direi que técnico não serve para nada. Até porque não acredito nisso. Agora, a rapaziada está exagerando na dose do xarope e esquecendo que quem ainda joga futebol é jogador...
Tiago Nunes conseguiu, em pouco tempo, armar um esquema para que Cantillo fizesse a diferença! Para que Camacho, outrora tão merecidamente criticado, mostrasse que tem um ótimo passe para iniciar o jogo; para Boselli suar sua qualidade para dar lançamentos, não se limitando a lances de 9 fixo...
Nos melhores momentos neste início de ano do Palmeiras, coube a Luxa colocar os melhores talentos da base e armar uma estratégia de jogo permitindo que a bola passe mais no pé de quem tem talento...
Chegamos ao Santos... Jesualdo Ferreira herdou o time com menos opções dos quatro. E muitos dos que ficaram estão fora de combate por questões médicas ou de calendário. Não há tática boa sem jogador, com o perdão do óbvio...
Que se cornete e elogie treinador, estou de acordo, agora o que estão passando pano para jogador na hora do vexame é uma grandeza! Compatível à injusta minimizada quando as coisas dão certo!
José Saramago: “O talento ou acaso não escolhem, para manifestar-se, nem dias nem lugares”.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!