Caneladas do Vitão: Só quem é colonizado precisa da aprovação da metrópole
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Cada um no seu cada um, deixa o cada um dos outros... Alô, povão, agora é fé! O fato de eu ser Guedes, ô, pá, filho do Viriato, trasmontano e adepto do Benfica, não teve qualquer influência nos muitos elogios que teci em minhas tribunas ao ótimo trabalho de Jorge Jesus.
Campeão nacional, continental e vice mundial (aqui, jamais, você verá confete por perder de igual para igual porque me esforço para ter senso do ridículo). Era muito pequeno quando o time de Zico, Júnior e Adílio conquistou o mundo e, no período, minhas atenções estavam voltadas à equipe de Sócrates, mas não tenho receio em afirmar que, desde 2003, considerando toda a era dos pontozzz corridozzz (volta, mata-mata!), ninguém jogou mais que o Flamengo-2019 de Jorge Jesus. Nem o Cruzeiro-2003 nem o Corinthians-2015.
Dito isso, e com todos os defeitos do Campeonato Carioca, foi desnecessário, descortês e mal-educado o gajo falar que o Estadual não acrescentará nada em seu currículo e que, na Europa, não significa nada.
Ele não falou mentira. E daí? Será que o americano precisa da nossa autorização para comemorar o Super Bowl, será que o torcedor do Celtics ou do Rangers precisa que o maior clássico da Escócia repercuta no Rio de Janeiro para que seja importante para ele?
E daí que europeu não liga para o Carioca? Por que o rubro-negro ou o vascaíno precisa da pagação de pau do respeitável público de Lisboa ou do Porto para gostar ou não do seu campeonato? Essa necessidade de chancela de metrópole é coisa de colonizado.
O Carioca é um campeonato muito ruim por 818 motivos, dentro os quais não está incluída a indiferença europeia. E daí? Eu não tô nem aí para o Ucranianão da massa, o que não impede a rapaziada do Dínamo ou do Shakhtar torcer e ser feliz! Que triste é a vida de quem precisa de aprovação alheia para ser feliz.
Fernando Pessoa: “Eu não escrevo em português. Escrevo eu mesmo”.
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!