Ah, que saudade das primeiras idas ao estádio, ainda bem pequeno, quando meu pai e meu tio Zé me levavam para acompanhar os duelos do alvinegro contra o alviverde. Não eram os dérbis paulistano, entre Corinthians e Palmeiras, e campineiro —Ponte Preta x Guarani—, mas minhas primeiras memórias do futebol estão ligados aos duelos entre XV de Piracicaba e Radium, o Periquito de Mococa, nos anos 1980.
Ah, que saudade das viagens entre Piracicaba e Araras, onde o Nhô Quim travava embates épicos com outro time alviverde, o União São João, que, já nos anos 90, quando chegou à elite nacional, possibilitava que todo o interior fosse ao estádio Hermínio Ometto acompanhar os grandes clubes e craques do país, como Taffarel, Roberto Carlos, Evair, Raí, Neto...
Ah, que saudade das idas à região metropolitana de São Paulo para acompanhar toda a ascensão do Grêmio Barueri, da B-2 à elite paulista e nacional, sempre atazanando a vida dos grandes, especialmente com os gols do artilheiro Pedrão. E claro, de sempre estar presente no Rochdale para ver os clássicos com o saudoso ECO, o Garoto de Osasco.
Ah, que saudade do Guaratinguetá, que surpreendeu a todos e foi o melhor time da primeira fase do Paulistão de 2008, acima de Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos.
Até mesmo o Atlético Sorocaba, que deixou sua marca com a grana do reverendo Moon, já é lembrado com certa nostalgia.
Ah, que saudade do Carrossel Caipira de Vadão, com Rivaldo, Leto e Válber, que infernizou o Trio de Ferro no início dos anos 90. Diferentemente dos demais, para não ficar preso apenas na memória, o Mogi Mirim está de volta ao futebol —disputará a quarta divisão estadual neste ano.
Espera-se que, nesta retomada, o Sapo volte aos gramados gerido com a mesma paixão do ex-presidente Wilson de Barros, com quem teve seus melhores momentos, em vez do caos administrativo e financeiro que o levou ao fundo do poço.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.