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Na Sobra: Real Madrid empresta jogador para rival e ele elimina seu dono

Equipe espanhola ensina que é um erro impedir seu jogador de trabalhar

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São Paulo

Tratado como fenômeno, prestes a virar um craque, o jogador norueguês Martin Odegaard, então com 16 anos, foi contratado pelo Real Madrid em janeiro de 2015. Ao contrário dos brasileiros Rodrygo e Vinícius Júnior, que também acertaram o vínculo antes dos 18 anos e estão no elenco principal, o jovem europeu só atuou duas vezes entre as estrelas merengues.

Encostado no Real Castilla, a equipe B do clube espanhol, Martin Odegaard foi emprestado para dois  times da Holanda. Ficou no Heerenveen (2016 a 2018) e depois se mudou para o Vitesse (2018 a 2019).

O meia-atacante norueguês Martin Odegaard mostra habilidade na disputa com o zagueiro Sergio Ramos; emprestado pelo Real Madrid à Real Sociedad, garoto elimina o seu dono na Copa do Rei - Javier Soriano - 6.fev.20/AFP

Em julho do ano passado, o clube madrileno apostou no ex-santista Rodrygo e mandou o meia-atacante para a Real Sociedad, equipe do País Basco. Um ponto chamou a atenção, o dono dos seus direitos decidiu que não teria nenhuma cláusula que o impedisse de ser adversário, algo que é raro entre os times brasileiros.

Mordido, Martin Odegaard agradeceu a oportunidade e decidiu que faria de tudo para se tornar um ídolo na nova casa. A cada partida pela Real Sociedad, ele vem mostrando que isso é bem possível de acontecer. Por outro lado, o Real Madrid pagou muito caro por não ter lhe dado espaço.

Na última quinta-feira (6), cerca de 60 mil torcedores do clube que o rejeitou aplaudiram a sua atuação nos 64 minutos que ficou em campo, no estádio Santiago Bernabéu. Isso foi uma crítica ao time que perdia por 3 a 1 do time basco, pelas quartas de final da Copa do Rei, à diretoria e ao técnico Zinedine Zidane que não tiveram paciência com o jogador, que anotou o primeiro gol da partida.

O clima azedou mais ainda ao final da partida com a vitória da Real Sociedad, por 4 a 3, e a eliminação do time merengue na competição. Os torcedores ficaram chateados, mas deveriam ter em mente que o seu clube fez algo muito bom para o futebol. Se um jogador não serve para o seu elenco, ele não pode ser impedido de virar um rival. É a Europa, de novo, mostrando o quanto os times brasileiros precisam evoluir.

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