Caneladas do Vitão: 'Esporte pela Democracia' é reação ao fascismo
'Não tem como falar sobre democracia sem falar sobre o combate às opressões', explica Joanna Maranhão, do movimento
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Nas escolas, nas ruas, campos, construções, caminhando e cantando e seguindo a canção... Alô, povão, agora é fé! Casagrande, Grafite e Raí, do futebol, Ana Moser e Fernanda Garay, do vôlei, Joanna Maranhão, da natação, Guga, do tênis, Juca Kfouri, José Trajano e Lúcio de Castro, entre outros esportistas e jornalistas (registro meu apoio irrestrito!) estão por trás do "Esporte pela Democracia", movimento ainda em fase de construção. A bandeira comum a todos é a inegociável postura antirracista e antifascista.
"Não tem como falar sobre democracia sem falar sobre o combate às opressões. Não tem como falar que um estado racista é um estado democrático", explica Joanna Maranhão, que convida a todos.
"Esporte pela democracia não fala só com atletas, mas com todos os que estão envolvidos com esporte, inclusive, as pessoas que torcem e vibram pelos atletas também fazem parte deste grupo. Vamos tentar encontrar pautas que sejam do esporte, da sociedade. Com o pequeno manifesto, já somos mais de 60 pessoas, o grupo está crescendo, borbulhando de sugestões. A ideia é dialogar entre nossas diferenças e fazer com que a sociedade entenda que esporte e política são coisas desassociáveis."
Caio Ribeiro e Tiago Leifert que me perdoem, mas Joanna só brindou o óbvio ululante. Mas, nesses tempos sombrios, em que alguns lunáticos acreditam que a terra é plana e que antifascismo é errado, sublinhar o óbvio é necessário. Bem-vindo, "Esporte pela Democracia"!
"Quando nos posicionamos em relação a algo errado e que não é diretamente conosco, significa que pensamos no coletivo. O efeito é que, provavelmente, quando precisarmos que as pessoas se posicionem por nós, também vai acontecer. Por isso vivemos em sociedade", diz Joanna.
Vidas negras importam. Todas elas. Inclusive a de funcionários do clube, de atletas da base e de outras modalidades. Por isso, mesmo que eu fosse corinthiano e grato a Jô por tudo o que ele fez em 2017, consideraria tão absurdo falar no retorno agora que prefiro achar que é "fake news".
Machado de Assis: "As ocasiões fazem as revoluções".
Sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca!