Bola pro mato: Novos horários de jogos castigam torcedores
Tradicionais duelos das 16h de domingo viram raridade no Brasileirão
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Está cada vez mais complicado acompanhar o futebol brasileiro.
Não, caro leitor, não me refiro ao defasado nível técnico predominante nas canchas do país —embora vez ou outra até sejamos agraciados com boas partidas—, às agruras do VAR nem à fuga de craques e jovens para o exterior.
Também não é por causa da pandemia de coronavírus que assolou o mundo e afastou torcedores dos estádios em todos os cantos —e tem deixado o Brasileirão repleto de asteriscos e os times retalhados em decorrência de jogadores e técnicos infectados pela Covid-19.
Mesmo do conforto do sofá, quase dá vontade de comemorar quando zapeamos o controle da TV e nos deparamos com embate da Série A nacional.
Não bastasse termos mais acesso ao Italiano, Inglês, Espanhol, Chinês e até Russo, nas TVs aberta e fechada, do que aos duelos do Nacional, da Libertadores e até das eliminatórias da Copa, escondidos no pay-per-view ou em redes sociais, os horários dos jogos viraram um novo tormento, especialmente aos finais de semana.
O tradicional confronto das 16h de domingo se tornou um luxo. No último foram 2 dos 10 confrontos da rodada. No anterior, apenas dois também.
Dos oito duelos do próximo sábado —adiantados por causa das eleições—, só três serão disputados no período vespertino. No domingo seguinte, na 22ª rodada, dois novamente.
O vilão da vez é o crescente interesse das emissoras em exibir jogos às 20h30 de domingo, estendendo a rodada quase até 23h, quando, em outros tempos, até as mesas-redondas já entravam em suas considerações finais.
Como se não fosse o suficiente sabotar o telespectador com partidas às 21h dos sábados ou às tardes de quarta.
Depois de —a muito custo— anteciparem os jogos de meio de semana para as 21h30, as TVs já encontraram novos castigos.