Deixe-me ir, preciso andar, vou por aí a procurar, rir pra não chorar, se alguém por mim perguntar, diga que eu só vou voltar depois que me encontrar... Alô, povão, agora é fé! O Internacional, que não é campeão brasileiro desde 1979, perde o seu treinador no início do returno na condição de líder! Mais do que o comprometimento e relacionamento do comandante argentino com o Colorado, o episódio ilustra o quanto o futebol brasileiro é tratado como trampolim secundário e periférico pelos profissionais do eurocêntrico mundo da bola.
Coudet (que, apesar de não ganhar nenhum Gre-Nal e ter permitido e assistido outra festa tricolor no Gaúcho, levou o Colorado às oitavas da Libertadores e às quartas da Copa do Brasil) prefere a luta contra a degola espanhola no comando do Celta do que a permanência em um gigante brasileiro, com perspectiva real de fazer história no Inter e no Brasil.
Não é só o Coudet, não acontece só no Inter. É a regra, até o momento, sem exceção. Osorio, Bauza, Rueda, Jorge Jesus... Por motivos diferentes, propostas de todos os níveis, o futebol brasileiro não é nunca a primeira opção dos treinadores. Seja para assumir seleções ou clubes de terceiro escalão mundial, ou para voltar aos países de origem, os técnicos estrangeiros dizem adeus na primeira oportunidade sem pestanejar!
Jorge Sampaoli, hoje o gringo mais aplaudido no nosso cenário, chegou ao Brasil depois de fracassar no Sevilla e ser, disparado, o pior dos 32 técnicos da Copa do Mundo da Rússia!
Os fatos(!) citados acima sublinham um problema gravíssimo: nem nesse cenário, em que nenhum técnico de primeira linha vem trabalhar no Brasil e os emergentes ou decadentes que aceitam se mandam na primeira chance, os treinadores brasileiros conseguem se destacar. E alguns deles só são mantidos ou conseguem se recolocar no mercado nacional porque a concorrência atual é muito abaixo da crítica!
Guimarães Rosa: "Viver é um rasgar-se e remendar-se".
Eu sou o Vitor Guedes e tenho um nome a zelar. E zelar, claro, vem de ZL. É tudo nosso! É nóis na banca! E no agora.com.br!
Viva a memória 1
Da série "continuidade no time dos outros é refresco", registro minha "surpresa" com a incoerência de palmeirenses e flamenguistas microfonados, que defendiam apaixonadamente a continuidade do "trash metal" no Corinthians, não sugerirem Tiago Nunes no Fla como já não fizeram no Verdão quando da saída de Luxa.
Viva a memória 2
Da série "o futebol imita a vida", assim como tem muita gente que digitou 17 ou se isentou pateticamente e finge que não tem nada a ver com a eleição do governo negacionista, está cheio de gente que ironizou quem questionou a contratação de Dome, aplaudindo a demissão do catalão sem fazer mea-culpa...
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