Mundo Olímpico: Álcool pode; camisinha, não!
Pandemia de Covid provoca mudanças na tradição dos Jogos
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Devido à pandemia de Covid-19, os Jogos de Tóquio serão fora do padrão normal do maior evento esportivo do planeta. O protocolo sanitário para evitar contágios exige mudanças drásticas em todos os sentidos, desde a proibição de público estrangeiro até o fim do que já virou tradição olímpica: a distribuição de camisinhas dentro da Vila Olímpica.
Desde os Jogos de Seul, em 1988, os preservativos sempre foram distribuídos para as delegações, chegando ao recorde de 450 mil na Rio-2016. O número era três vezes maior que o dos Jogos de Londres-2012 e dava 42 por atleta para os 17 dias de competição.
No entanto, o COI (Comitê Olímpico Internacional) e o Comitê Organizador dos Jogos decidiram quebrar essa tradição para desencorajar contatos entre os atletas na Vila, que foi aberta oficialmente no último domingo (20) e conta com 3.800 quartos divididos em 21 prédios, além das áreas comuns, como restaurante, academia, banco e lavanderia.
Para compensar a falta de contato entre os competidores, foi liberado o consumo de bebidas alcoólicas. Nas áreas comuns continua proibido, mas os participantes poderão levar as bebidas para os quartos.
Se essas medidas vão surtir efeito e evitar a transmissão do coronavírus, saberemos durante o evento, mas certamente vai acabar com o clima olímpico de confraternização que sempre marcou a Vila Olímpica.
Se bem que sempre existirá aquele espertinho que foge de fininho de madrugada para se esbaldar. Afinal, é muito difícil segurar os atletas na concentração.
Em 2016, o ginasta holandês Yuri van Gelder se deu mal em uma dessas saídas. Para festejar a classificação à final das argolas, ele foi para uma balada fora da Vila e chegou na manhã seguinte. Acabou expulso da delegação e teve de voltar para casa sem disputar a final.