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Mundo Olímpico: O dedo da treinadora faz a diferença

Sueca Pia Sundhage revoluciona o futebol feminino brasileiro

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São Paulo

Após a goleada por 5 a 0 sobre a China e o empate por 3 a 3 com a poderosa seleção holandesa, atual campeã europeia e vice mundial, foi possível perceber claramente a evolução alcançada pela seleção brasileira feminina de futebol sob comando da técnica sueca Pia Sundhage.

Para quem acompanhou o desempenho das equipes desde a geração da camisa 10 Sissi, no final dos anos 1990 e início de 2000, até agora, no fim do ciclo da rainha Marta, é notório o aumento de nível da seleção.

A técnico Pia Sundhage sorri durante o empate por 3 a 3 da seleção brasileira com a Holanda, na segunda rodada dos Jogos - Kohei Chibahara/AFP

Não apenas no individual, com todas as jogadoras sabendo exatamente o que fazer com e sem a bola, mas no coletivo também. Na estratégia de jogo a ser seguida e na efetividade de segui-la à risca, como foi contra a Holanda neste sábado (24).

Dito tudo isso, ficou claro que a grande responsável pela mudança de patamar do futebol feminino brasileiro é Pia Sundhage.

Ela foi contratada em julho de 2019 para levar o Brasil ao pódio nas Olimpíadas de Tóquio, que seriam no ano seguinte. Parecia utopia, levando-se em conta a distância técnica de nossa seleção para as grandes favoritas, como os EUA, Suécia, Holanda e Inglaterra.

Com o adiamento dos Jogos para 2021, a técnica ganhou um ano a mais de preparação e soube aproveitar bem o tempo extra.

Prova disto foi o que pôde ser observado nos dois primeiros jogos no Japão. Uma equipe sólida defensivamente, que sabe marcar por zona, mas também sabe o momento certo de pressionar a saída de bola do rival para atacar e fazer os gols.

Na véspera da estreia, Pia afirmou que o Brasil não era só Marta. Claro que nossa camisa 10, seis vezes eleita a melhor jogadora do mundo, ainda é importante para impor respeito às adversárias, mas, realmente, ela não é mais primordial.

O trabalho da sueca foi tão bem feito que mesmo com a saída de Marta, a que entra dá conta do recado e mantém o nível do time.

Tenho grande respeito pelos treinadores que participaram da evolução do futebol feminino no país, como José Duarte, Renê Simões e Vadão, mas, a partir de Pia Sundhage, é outra seleção brasileira. E o topo do pódio pode virar realidade.

Claudinei Queiroz

49 anos, é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, pós-graduado em Gestão de Marketing pelo Centro Universitário Senac e tecnólogo em Gestão do Esporte pela Universidade São Marcos. E-mail: claudinei.queiroz@grupofolha.com.br

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