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Caneladas do Vitão: Retrato em branco e preto

Para viver um grande amor

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São Paulo

"És grande no esporte bretão, o passado ilumina tua história, ciente de tua missão: vitória, vitória, vitória. Corinthians do meu coração, tu és religião de janeiro a janeiro."

Eternamente, dentro do meu coração. "Amor da minha vida, daqui até a eternidade, nossos destinos foram traçados na maternidade, paixão cruel, desenfreada." Pô-ró-pó-pó.

Fé resignada. Quem espera, 23 anos, sempre alcança. "Não se afobe, não, que nada é pra já, o amor não tem pressa, ele pode esperar em silêncio, num fundo de armário, na posta-restante, milênios, milênios, no ar".

Amanhã há de ser um novo dia. "Quando chegar o momento, esse meu sofrimento, vou cobrar com juros, juro. Todo esse amor reprimido, esse grito contido, este samba no escuro."

Deus também é fiel. Saravá, são Jorge, que ele vai ajudar. "Vou acender velas para são Jorge, a ele eu quero agradecer, e vou plantar comigo-ninguém-pode, para que o mal não possa então vencer."

Sincretismo na arquibancada de concreto, mandiga na esquina de barro, oração na maloca de madeira. "Eu canto pra Ogum, Ogum, um guerreiro valente que cuida da gente que sofre demais, Ogum, ele vem de Aruanda, ele vence demanda de gente que faz, Ogum, cavaleiro do céu, escudeiro fiel, mensageiro da paz, Ogum, ele nunca balança, ele pega na lança, ele mata o dragão."

Ah, Corinthians, que a proteção esteja sempre contigo no Pacaembu, em Yokohama, no Maracanã. "Qualquer outro lugar comum, outro lugar qualquer."

Tatuapé, Bom Retiro, Ponte Grande, Itaquera. "O meu lugar é caminho de Ogum e Iansã, lá tem samba até de manhã, uma ginga em cada andar, o meu lugar é cercado de luta e suor, esperança num mundo melhor e cerveja pra comemorar."

O lugar é o de menos. O time do povo está sempre onde está a sua gente. "Arte popular do nosso chão, é o povo que produz o show e assina a direção."

Maloqueiro e sofredor, graças a Deus. "Há que penar no amor, pra se ganhar no amor, há que apanhar, e sangrar, e suar, como um trabalhador".

Hoje menos que amanhã, amanhã menos que depois de amanhã, depois de amanhã menos que terça (1º de setembro), o Corinthians merece sempre parabéns, mesmo quando não merece: 111 vezes parabéns, amor!

Osmar de Oliveira: "Não sou corinthiano de coração porque um dia ele para. Sou corinthiano de alma porque ela é eterna".

Vitor Guedes

44 anos, é ZL, jornalista formado e pós-graduado pela Universidade Metodista de São Paulo, comentarista esportivo, equilibrado e pai do Basílio.

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