Mundo Olímpico: Jogos de Tóquio, o pesadelo dos favoritos

Grandes nomes do esporte saem do Japão de mãos vazias

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São Paulo

Passada a primeira parte das Olimpíadas de Tóquio, o que se viu foi uma derrocada de grandes favoritos, que chegaram ao Japão com status de quase imbatíveis e, por razões diversas, sofreram revezes inesperados. Muitos voltando para casa de mãos vazias e cabeça cheia.

Esses foram os casos dos brasileiros Gabriel Medina (surfe) e Pâmela Rosa (skate), da tenista japonesa Naomi Osaka, do também tenista sérvio Novak Djokovic e da jogadora de vôlei chinesa Ting Zhu.

Número 1 do mundo e vencedor de três Grand Slam no ano, o sérvio Novak Djokovic parece não acreditar após perder a medalha de bronze para o espanho Pablo Carreno Busta - Vincenzo Pinto/AFP

Além deles, a ginasta americana Simone Biles vive uma crise de confiança pela pressão depositada sobre seus ombros que pode tirá-la de todas as finais individuais. Depois de abandonar a final por equipes após o primeiro aparelho, ela já desistiu das finais individual geral, de salto e de paralelas assimétricas. E não confirmou se disputará a trave e o solo.

Caso ela não participe mesmo, será a grande frustração dos Jogos de Tóquio, uma vez que chegou como a grande estrela da edição. Claro que ela tem de cuidar de sua saúde mental e tomou a decisão que achou melhor para isso, mas para quem poderia sair dos Jogos com seis medalhas de ouro, uma prata é muito pouco.

Outros três favoritos absolutos também perderam seu lugar no trono no Japão. O judoca francês Teddy Riner, que não era derrotado em Olimpíadas desde 2008, teve de se contentar com a medalha de bronze.

A nadadora americana Katie Ledecky, considerada por muitos a melhor de todos os tempos e dona de cinco ouros olímpicos, chegou cotada para continuar sua dominação nas piscinas, mas perdeu duas finais para a australiana Ariarne Titmus.

E neste sábado, a jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce, bicampeã olímpica dos 100 m rasos, foi superada pela compatriota Elaine Thompson-Herah.

Ainda há muita competição até o fim dos Jogos. Por isso, é melhor os considerados favoritos colocarem suas barbas de molho e capricharem, para não seguirem o exemplo desses acima.

Claudinei Queiroz

49 anos, é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, pós-graduado em Gestão de Marketing pelo Centro Universitário Senac e tecnólogo em Gestão do Esporte pela Universidade São Marcos. E-mail: claudinei.queiroz@grupofolha.com.br

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