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Mundo Olímpico: Seleção feminina de vôlei mostra evolução rumo ao tri

Após atropelo contra sul-coreanas, decisão vai ser dura contra americanas na madrugada deste domingo

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São Paulo

As jogadoras da seleção feminina de vôlei deram uma mostra de união e concentração na vitória por 3 sets a 0 (triplo 25-16) sobre a Coreia do Sul, na semifinal das Olimpíadas. Poucas horas depois de serem avisadas sobre o corte da oposta Tandara, por quebra do protocolo de controle antidoping, elas não demonstraram qualquer abalo psicológico para atropelarem as sul-coreanas.

Como falei na véspera, um placar deste era esperado, mas a forma como ocorreu é que surpreende. Todo o grupo jogou muito bem em todos os fundamentos, não dando qualquer chance às adversárias.

A levantadora Macris em ação na vitória sobre a Coreia do Sul; após a moleza nas semifinais, o Brasil enfrentará a líder do ranking mundial na final - Yuri Cortez/AFP

Se compararmos o desempenho atual com o do início dos Jogos, é possível percebermos a evolução do time, com um sistema defensivo sólido, bloqueio bem armado, Macris dando show no levantamento e todas as atacantes conscientes na hora de pontuar.

Com Rosamaria como oposta, no lugar de Tandara, o técnico Zé Roberto Guimarães ganhou uma jogadora forte no ataque, eficiente no bloqueio e, acima de tudo, com uma vibração que incendeia as demais.

Após a saída de Sheilla, para mim a melhor oposta que o Brasil já teve, Rosa chega com predicados para ocupar esse espaço. Arrisco dizer que nas Olimpíadas de Paris-2024 ela será a titular da seleção, como está sendo nesta fase final do torneio em Tóquio.

Mesmo que Tandara não tivesse sido cortada, Rosamaria já seria dona da posição, por tudo que tem mostrado na quadra.

Rosamaria entrou no lugar de Tandara e melhorou a seleção, bom ataques potentes, mas também boas defesas e bloqueios - Luis Robayo - 2.ago.21/AFP

Quem ganha com isso é a seleção, que terá um páreo duro pela frente para conquistar sua terceira medalha de ouro olímpica. Coincidentemente, nas duas primeiras, em Pequim-2008 e Londres-2012, as rivais na decisão foram justamente as norte-americanas.

Por isso, elas devem entrar mordidas para tentarem seu primeiro título olímpico. Mas vontade também não vai faltar às brasileiras, que procuram ficar marcadas na história. E Zé Roberto pode conquistar seu quarto ouro como treinador! Vai, Brasil!

Claudinei Queiroz

49 anos, é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero, pós-graduado em Gestão de Marketing pelo Centro Universitário Senac e tecnólogo em Gestão do Esporte pela Universidade São Marcos. E-mail: claudinei.queiroz@grupofolha.com.br

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