Na 31ª edição, os Jogos Olímpicos, enfim, desembarcaram na América do Sul —foi apenas a segunda vez na América Latina, depois de Cidade do México-68. Em clima de Carnaval, tanto torcedores, que lotaram as arenas, quanto os atletas se mostraram dispostos a fazer história.
Com uma delegação recorde de 465 atletas, número superior, inclusive, ao dos Jogos de Tóquio-2020, o Brasil teve seu melhor desempenho até então: 19 medalhas, sendo sete de ouro, seis de prata e seis de bronze, e um honroso 12º lugar no quadro de medalhas. Foram 71 finais disputadas pelos atletas brasileiros no Rio de Janeiro, praticamente o dobro em relação a Londres-2012 (36).
Pela primeira vez, o futebol masculino, comandado por Neymar, alcançou o topo do pódio. Então com 22 anos, o canoísta Isaquias Queiroz se tornou o primeiro representante do país a faturar três medalhas (duas pratas e um bronze) em uma única edição das Olimpíadas. Com o apoio da torcida, que irritou o favorito francês Renaud Lavillenie com vaias, Thiago Braz não só levou o ouro no salto com vara como estabeleceu o recorde olímpico de 6,03 m —mantido ao menos até Paris-2024 após o recordista mundial Armand Duplantis (SUE) saltar 6,02 m no Japão.
O peso leve Robson Conceição foi responsável pelo inédito ouro no boxe, enquanto Poliana Okimoto, bronze, deu ao país a primeira medalha na maratona aquática. A prata de Felipe Wu encerrou um jejum no tiro esportivo de quase um século, desde as três medalhas na estreia do Brasil nos Jogos —em Antuérpia-1920.
Também levaram o ouro Rafaela Silva —o judô rendeu outros dois bronzes—, as duplas da vela (Kahena Kunze/Martine Grael) e do vôlei de praia (Alison/Bruno Schmidt), além da seleção masculina de vôlei.
Rainha da piscina, Ledecky coleciona pódios e recordes
Aos 19 anos, Katie Ledecky foi o grande destaque entre as mulheres no Rio. Além de quebrar 2 dos 19 recordes mundiais da edição (400 m e 800 m livre), a norte-americana voltou para casa com quatro ouros e uma prata.
País vê o adeus dos lendários Usain Bolt e Michael Phelps
Maiores nomes do atletismo e da natação, respectivamente, Bolt encerrou o ciclo olímpico, aos 30 anos, com três ouros, enquanto Phelps, 31, despediu-se com cinco ouros e uma prata —e um recorde de 28 medalhas.
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