Quatro anos após os Estados Unidos liderarem um boicote às Olimpíadas de Moscou, o país foi a sede dos Jogos pela terceira vez, a segunda em Los Angeles. No entanto, apenas 14 nações lideradas pela União Soviética não enviaram delegações. No final, essa edição foi a que teve mais participações: 6.829 atletas de 140 países.
O grande nome foi o velocista americano Carl Lewis, que repetiu o feito de seu compatriota Jesse Owens nos Jogos de Berlim-1936 e conquistou quatro medalhas de ouro no atletismo (100m, 200m, revezamento 4x100m e salto em distância). Além dele, dois ginastas se destacaram: a romena Ecaterina Szabo ganhou 4 ouros e 1 prata, e o chinês Li Ning ganhou 3 ouros, 2 pratas e 1 bronze.
Outra marca das Olimpíadas de Los Angeles foi de Neroli Fairhall, da Nova Zelândia, que se tornou a primeira atleta paraplégica a participar dos Jogos. Ela competiu no tiro com arco em uma cadeira de rodas e ficou em 35º.
O Brasil teve sua melhor apresentação na história olímpica até então. Com 151 atletas (129 homens e 22 mulheres), a delegação voltou para casa com oito medalhas: 1 de ouro, 5 de prata e 2 de bronze.
A dourada foi conquistada pelo fundista Joaquim Cruz nos 800 m rasos, com direito ao recorde mundial da prova (1min43s), que durou até os Jogos de Atlanta-1996.
As seleções masculinas de futebol e de vôlei conquistaram suas primeiras medalhas olímpicas, de prata. As outras de prata foram de Torben Grael e Daniel Adler na vela (classe soling), do nadador Ricardo Prado nos 400 m medley e do judoca meio-pesado Douglas Vieira. Já os dois bronzes foram conquistados pelos judocas Walter Carmona (médio) e Luís Onmura (peso leve). Ricardo Prado ainda ficou em quarto lugar nos 200 m costas.
Vencedor da final B da natação é mais rápido que o da A
Pela primeira e única vez na história olímpica, um vencedor da final B fez um tempo melhor que o da final A, ganhador do ouro. O alemão Thomas Fahrner bateu o recorde olímpico dos 400m livre com 3min50s91, contra 3min51s23 do americano George DiCarlo. Fahrner ainda ganhou uma prata nos 200m livre e um bronze no 4x200m livre.
Americana vence a primeira edição da maratona feminina
A maratona feminina foi incluída nas Olimpíadas de Los Angeles 56 anos depois de médicos declararem que as mulheres que disputavam provas acima de 800 m ficavam velhas mais rapidamente. A americana Joan Benoit foi a campeã, mas quem ficou famosa foi a suíça Gabriela Andersen-Schiess, que cruzou a linha cambaleante.
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