O anúncio da americana Simone Biles de que não participará da final individual geral na manhã desta quinta-feira (29) revelou o drama psicológico por que passa a ginasta. Assim como na véspera, quando desistiu da decisão por equipes, ela alegou que tomou essa decisão pensando em cuidar de sua saúde mental.
É sabido que a carreira de todo atleta, de qualquer modalidade, é baseada, além da excelência técnica, na sua confiança. Sem confiança, ninguém consegue render o seu máximo e acaba se perdendo nos fantasmas da mente.
No caso de Biles, a expectativa sobre ela era tão grande que ela simplesmente não aguentou e jogou a toalha. Afinal, era cotada para ser "o nome" das Olimpíadas de Tóquio, como foram Michael Phelps e Usain Bolt nas últimas.
Situação parecida viveu a tenista japonesa Naomi Osaka no Torneio de Roland Garros deste ano. Na ocasião, ele anunciou que não daria entrevista coletiva, alegando justamente sua saúde mental. Ameaçada de punição e multa, ela decidiu abandonar a competição.
No caso de Biles, capacidade técnica ninguém discute que ela possui, mas o episódio mostrou sua fragilidade psicológica. Certamente ela faz acompanhamento profissional para suportar a pressão do estrelato, mas, pelo visto, não está surtindo efeito.
Só espero que ela consiga recuperar a confiança para superar esta fase e voltar para as finais por aparelho. Afinal, ela não precisa provar nada a ninguém.
O gostoso das Olimpíadas é a sucessão de eventos, que não deixa os fãs do esporte descansarem. Nem acabaram as provas de natação e o atletismo já entra na programação. Na noite desta quinta (29) tem início as primeiras competições, com destaque para o brasileiro Alison dos Santos, um dos candidatos a medalha nos 400 m com barreira.
Além dele, a jamaicana Shelly-Ann Fraser-Pryce inicia sua busca pela terceira medalha de ouro nos 100 m rasos, a prova mais nobre do atletismo.
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