Na Rio-2016, então com apenas 17 anos, Rebeca Andrade fez sua estreia olímpica e logo de cara já se classificou para a final individual geral da ginástica artística com a terceira maior pontuação. No entanto, ainda um pouco insegura, ela cometeu alguns erros e terminou na 11ª posição.
Cinco anos depois, mais madura, ela novamente se destacou nas classificatórias e ficou atrás apenas da norte-americana Simone Biles na pontuação: 57.399 contra 57.731, o que a deixa como uma das favoritas ao pódio às 7h50 da manhã desta quinta-feira (29).
O que eleva Rebeca a este patamar é que ela possui um nível alto em todos os aparelhos, com destaque para o salto. Assim, com exceção de Biles, todas as outras possuem altos e baixos nos aparelhos e a brasileira pode aproveitar para conquistar a primeira medalha da ginástica artística feminina do país em Olimpíadas.
No masculino, Arthur Zanetti já soma um ouro e uma prata nas argolas, Diego Hypólito tem uma prata no solo e Arthur Nory, um bronze na mesma prova.
A final individual geral em Tóquio ainda tem um fator que promete muitas emoções: a condição de Simone Biles, que desistiu da final por equipes alegando saúde mental. Caso tenha condições, a possibilidade é grande de ela conquistar o ouro. Mas se não competir ou se cometer erros como na classificação, as chances de Rebeca aumentam. Quem sabe até ao ponto de ouvirmos o hino nacional.
Como esperado, a medalha de ouro do surfe ficou com um brasileiro, no caso, Italo Ferreira. E foi muito merecido por tudo o que mostrou no torneio. O que faltou, porém, foi a figura de Gabriel Medina do seu lado no pódio, com a prata.
A derrota para o japonês Kanoa Igarashi na semifinal provocou uma onda de protestos nas redes sociais, pela nota dada ao japonês em comparação à do brasileiro. Mas, para mim, o erro foi todo de Medina, quando abriu mão de procurar aumentar sua pontuação para "marcar" o rival. Não deu certo.
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