Finalizada a Primeira Guerra Mundial, o COI (Comitê Olímpico Internacional) escolheu a cidade de Antuérpia como sede da sétima edição dos Jogos, em 1920. A decisão foi uma espécie de homenagem à Bélgica, que sofreu muito durante a guerra, por ser o ponto central entre a França e a Alemanha e palco de infindáveis combates.
Foi nessa edição também que o Brasil enviou pela primeira vez uma delegação, composta por 21 atletas que competiram em 5 modalidades (natação, polo aquático, remo, saltos ornamentais e tiro esportivo). Por ter sido uma estreia, o resultado final foi muito comemorado com a conquista de três medalhas, todas no tiro: o tenente do Exército Guilherme Paraense levou o ouro no tiro rápido individual de 25m, Afrânio Antônio da Costa conseguiu a prata na pistola livre individual de 50m e os dois, ao lado de Sebastião Wolf, Fernando Soledade e Dario Barbosa, conquistaram o bronze por equipe.
Além do tiro, os demais atletas demonstraram ser ecléticos ao disputarem provas diferentes. Orlando Amêndola e João Jório, por exemplo, competiram na natação, no remo e no polo aquático. Os nadadores Adhemar Ferreira Serpa e Angelo Gammaro também disputaram o polo aquático, enquanto Abrahão Saliture participou do remo.
No geral, os Jogos de Antuérpia tiveram a participação de 2.622 atletas (65 mulheres) de 29 países, na disputa de 156 eventos. A grande ausência foi a Alemanha, que foi "desconvidada" pela Bélgica por ter iniciado a Primeira Guerra Mundial, que acabou por cancelar o evento de 1916.
Foi nessa edição, realizada de 20 de abril a 12 de setembro, que a bandeira olímpica, formada pelos cinco círculos, foi hasteada pela primeira vez. Os EUA dominaram com 95 medalhas: 41 ouros, 27 pratas e 27 bronzes.
Olimpíada tem domínio de atletas multicampeões
Em Antuérpia, alguns atletas se destacaram, como o italiano Nedo Nadi, que ganhou ouro em cinco das seis provas de esgrima, e a tenista francesa Suzanne Lenglen, uma das melhores de todos os tempos, ganhadora de dois ouros e um bronze.
Havaiano conquista segundo ouro e ajuda a popularizar o surfe
Campeão dos 100m livre em Estocolmo-1912, o havaiano Duke Kahanamoku conquistou o bicampeonato na prova em Antuérpia. Depois, ele correu o mundo fazendo demonstrações de surfe e ficou conhecido como o pai do surfe moderno.
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