Até as Olimpíadas de Montréal, em 1976, o mundo da ginástica artística nunca havia visto uma nota máxima (10)em um aparelho. A responsável por mudar essa história foi a ginasta romena Nadia Comaneci, então com 14 anos. Sua prova nas barras paralelas assimétricas foi perfeita e não houve outra solução a não ser dar a ela a nota 10.
Após essa exibição, ela ainda conquistou mais seis notas máximas e terminou os Jogos com três medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze. Na ginástica masculina, o soviético Nikolay Andrianov foi o destaque com 4 ouros, duas pratas e 1 bronze.
Os Jogos de Montréal tiveram a participação de 6.084 atletas (1.260 mulheres) de 92 países disputando 198 eventos. Pela primeira vez, a União Soviética e a Alemanha Oriental ficaram nas duas primeiras posições no quadro geral de medalhas, deixando os EUA em terceiro. Os soviéticos ganharam 125 medalhas (49O, 41P, 35B), os alemães, 90 (40O, 25P, 25B) e os EUA, 94 (34O, 35P, 25B).
O curioso é que essa edição dos Jogos Olímpicos foi a única em que o país anfitrião não conquistou uma medalha de ouro sequer. O Canadá terminou a competição com apenas 5 medalhas de prata e 6 de bronze.
O Brasil foi representado por 93 atletas, sendo 7 mulheres, e conseguiu conquistar duas medalhas de bronze. A primeira foi com João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, no salto triplo, e a outra com a dupla de velejadores Reinaldo Conrad e Peter Ficker, na classe flying dutchmann. João do Pulo ainda ficou em quarto lugar no salto em distância, mesma posição atingida pelo nadador Djan Madruga nos 400 m livre e nos 1.500 m livre, e pelo futebol masculino. No atletismo, o velocista Ruy da Silva ficou na quinta colocação nos 200m rasos.
Estados Unidos dominam boxe com uma superequipe
Os Estados Unidos levaram para Montréal a que foi considerada a melhor equipe americana de boxe já formada, composta de Sugar Ray Leonard, Leon Spinks, Michael Spinks, Leo Randolph e Howard Davies Jr. Dos cinco, apenas Davis não se tornaria campeão mundial profissional em sua categoria nos anos seguintes.
Japonês Fujimoto compete mesmo com fratura no joelho
Japão e União Soviética disputavam ponto a ponto a final por equipes quando Shun Fujimoto quebrou a patela de seu joelho direito numa aterrissagem na prova de solo. Apesar da dor, ele não contou aos colegas e ainda competiu nas argolas e no cavalo com alça, recebendo notas 9,7 e 9,5, primordiais para garantir o ouro.
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