O conferente de supermercado Márcio Mendes Neves, 47 anos, da Vila Matilde (zona leste), precisa realizar uma cirurgia para colocação de prótese ortopédica no ombro direito. 

Ele reclama, porém, que o Departamento de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas, onde faz tratamento para osteonecrose bilateral, não tem previsão de quando o procedimento poderá ser realizado. 

“Preciso de uma resolução para o meu problema. A bendita dor me incomoda o tempo inteiro e me impede de ter qualquer qualidade de vida”, explica o leitor à reportagem. 

Neves relata que já passou por sete cirurgias de coluna e tem uma prótese no quadril, ficou aposentado por invalidez entre 2007 e 2018, quando foi convocado para uma perícia no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e deixou de receber o auxílio-doença. 

“Atualmente trabalho como autônomo e não consigo me afastar. Preciso trabalhar para viver, mas as dores estão cada dia mais insuportáveis. Ele diz que faz tratamento com remédios para dor e antiinflamatórios.

“Desde 2008, sempre passo por consultas e tomo tramadol, amitriptilina e dipirona para aliviar as dores. Mas, há três anos, elas aumentaram absurdamente me impossibilitando de ter uma vida normal para trabalhar e conseguir meu próprio sustento.”

HC agenda consulta para dia 2

O Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HCFMUSP esclarece que o paciente é acompanhado regularmente pelas equipes de ortopedia desde 2007. No momento, conforme avaliação médica, não há indicação cirúrgica para o caso. O instituto diz ainda que as condutas de seu tratamento seguem critérios clínicos e de exames de imagem. O HC afirma que há uma consulta agendada para 2 de dezembro com o grupo de ombro, ocasião em que o paciente poderá esclarecer suas dúvidas sobre o tratamento.