Aposentado da Petrobras não deve aceitar contratação temporária, diz sindicato
Petroleiros afirmam que estatal está convocando ex-funcionários para suprir mão de obra dos grevistas
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A FNP (Federação Nacional dos Petroleiros) divulgou neste sábado (8) orientação para que funcionários aposentados da Petrobras não aceitem a proposta da estatal de contratação temporária, autorizada pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) durante esta semana.
Segundo dirigentes, a Petrobras está fazendo ligações a ex-funcionários aposentados para suprir a mão de obra que está em greve.
"A Petrobras quer contratar essa mão de obra que já saiu da empresa para assumir no lugar dos grevistas. Estão querendo transformar nossos aposentados em pelegos. Faço um apelo a todos os aposentados para que o pessoal não atenda a convocação para furar a greve", afirmou Adaedson Costa, coordenador da FNP e diretor do Sindipetro do Litoral Paulista.
Segundo a FUP (Federação Única dos Petroleiros), esta é a primeira vez na história das greves dos funcionários da Petrobras que a estatal recorre aos chamados "fura-greve".
Nos movimentos passados, afirma a categoria, a empresa apenas enviava os petroleiros ativos de um estado para outro para substituir os operadores.
Procurada, a Petrobras diz que "pela natureza especializada do serviço, identificará os profissionais que atendem ao perfil requisitado". A estatal afirma ainda que não haverá abertura de vagas.
Na última sexta (7), a Petrobras anunciou o início da contratação imediata de pessoas e serviços, "de forma emergencial, para garantir a continuidade operacional em suas unidades durante a greve".
A estatal alega que a ordem judicial do TST de garantir contingente mínimo de 90% do efetivo não vem sendo cumprida. A FNP diz que a categoria está se moldando para atender às exigências.
As contratações, de acordo com a Petrobras, serão feitas de modo que os profissionais atendam a requisitos de qualificação técnica e possuam as certificações necessárias para exercício das atividades.
Na justiça
Na última quinta-feira (6), o TST determinou o bloqueio em contas de sindicatos que participam da greve na Petrobras, iniciada no sábado (1º). O tribunal também liberou a empresa a fazer contratações temporárias enquanto durar a paralisação.
Os petroleiros ligados à FUP iniciaram a greve em protesto contra demissões previstas com o fechamento da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados, no Paraná. Eles questionam ainda medidas adotadas pela área de recursos humanos da estatal.
De acordo com balanço da FUP deste sábado (8), trabalhadores aderiram à greve em 86 unidades da Petrobras em 13 estados.