A enfermeira Maria Helena Silva Grego, 54 anos, de Itaquera (zona leste), conta que, em novembro do ano passado, comprou um pacote de viagem, com duas passagens de ida e volta mais hospedagem, na Decolar para ela e para sua irmã por R$ 1.357. A leitora explica que o passeio para Aracaju (SE) ocorreria em março deste ano, porém, devido à pandemia de Covid, foi necessário fazer o adiamento.

“Não pudemos ir por causa da pandemia e também porque tive que atuar na linha de frente como enfermeira. Agora, tento remarcar, mas não consigo ser atendida”, diz a leitora.

Maria Helena afirma que recebeu um email da Decolar informando que o voo pode ser remarcado até o dia 23 de março de 2021.

“Sigo todos os os passos indicados no email, mas não consigo remarcar pelo site. Gostaria que a viagem fosse remarcada para o dia 19 de dezembro de 2020, mas é tanta burocracia que estou desistindo da ideia”, queixa-se à reportagem do Agora.

A leitora relata que tentou entrar em contato com a central de atendimento da Decolar, mas não adiantou. “O absurdo é que o telefone deles não atende. Cheguei a ficar uma hora ouvindo a música da empresa. Como podem tratar um consumidor desta forma? Também não respondem email, ou seja, paguei uma viagem e não consigo realizá-la.”

Para ela, muitas outras pessoas devam estar com esse o mesmo problema. A enfermeira solicita a intervenção do Defesa do Cidadão para que a empresa tome as devidas providências para solucionar a situação. “Não se mais a quem recorrer”, reclama Maria.

Empresa realiza cancelamento

A Decolar informa, por meio de nota de sua assessoria de imprensa, que fará o reembolso do pacote, a pedido da cliente, resolvendo o caso definitivamente.

A empresa diz ainda estar à disposição para prestar quaisquer outros esclarecimentos.

“Apenas ligaram após a intervenção do Agora. Para remarcar, disseram que terei que pagar uma diferença de R$ 2.600. É bem mais caro do que o total que paguei pelo pacote. Optei pelo cancelamento”, disse a leitora.