Metroviários votam se greve deve continuar
Paralisação afeta as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata (monotrilho)
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Metroviários de São Paulo votam, na noite desta quarta (19), em assembleia virtual, se aceitam a proposta do Metrô e encerram ou não a greve, que atingiu cerca de dois milhões de pessoas.
Em audiência de conciliação mediada pelo TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região), o Metrô afirmou que não pode atender às propostas do Ministério Público e do Tribunal Regional do Trabalho, mas, pode melhorar a sua proposta do dia 17 de maio, antecipando o pagamento da PR (Participação nos Resultados) de 31 de janeiro de 2022 para 31 de agosto de 2021 e o abono salarial de 31 de março de 2022 para 31 de janeiro de 2022.
O tribunal sugeriu em "Cláusula de Paz" a "suspensão imediata da greve, com retorno a partir da meia noite", e a garantia do Metrô de que não haja demissão, punição e desconto salarial durante o procedimento judicial 2021/2022
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo vai colocar a proposta em votação e, se ela for aprovada, o serviço nas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata (monotrilho) será normalizado nesta quinta (20).
Entre as principais reivindicações dos metroviários estão o reajuste salarial de aproximadamente 10%, referente à inflação acumulada dos últimos dois anos, e a manutenção de direitos como os adicionais noturnos de 50% e de férias de 70% sobre o salário.
O Metrô oferece reajuste salarial de 2,61%, não retroativo, a partir de 1º de janeiro de 2022.
A paralisação iniciada nesta quarta-feira foi definida na noite anterior, após o Metrô não comparecer à audiência de conciliação realizada à tarde. O sindicato afirma que se comprometeu a trabalhar normalmente durante as negociações se o governo do Estado aceitasse liberar as catracas, para não atrapalhar a população, mas a proposta não foi aceita.
O que querem os metroviários
- Reposição salarial baseada no IPC-Fipe dos últimos dois anos, de 9,72%
- Reajuste de 29% no vales alimentação e refeição
- Recuperar os direitos e a manutenção do acordo coletivo
- Pagamento dos 50% em aberto da PR (Participação nos Resultados) de 2019, que deveria ter sido creditado no ano passado
Proposta conciliatória
- Reajuste salarial e no vale-refeição e o vale-alimentação de 7,79% a partir de Maio/2021
- Pagamento diferido do adicional noturno de 40% até Janeiro/2022, e pagamento das diferenças atrasadas nos meses de Fevereiro, Março e Abril/2022
- Pagamento diferido do adicional de férias: Pagamento de 60% até Janeiro/2022, e pagamento das diferenças atrasadas nos meses de Fevereiro, Março e Abril/2022
- Gratificação por tempo de serviço: congelamento por um ano a partir de Maio/2021, com o restabelecimento dos pagamentos a partir de Maio/2022
- Pagamento em 31 de janeiro de 2022, da 2ª. parcela da PPR de 2019 (judicializada) mediante a formalização de um acordo que contemple as condições e critérios do valor a ser pago
- Abono salarial a ser pago em 31 de março de 2022, equivalente ao piso normativo da categoria dos metroviários vigente em março de 2022 para todos os empregados
- Manutenção de todas as demais cláusulas previstas na Sentença Normativa 2020/2021
Última proposta do Metrô
- Reajuste salarial de 2,61%, não retroativo, a partir de 1º de janeiro de 2022. Mesmo índice e condições para o vale-refeição e o vale-alimentação
- PR de 2019: pagamento da segunda parcela somente em 31 de agosto de 2021
- Gratificação de férias: aplicação da fórmula que consta no acordo coletivo, porém com adicional de 60%
- Adicional noturno: 35% sobre salário-base
- Abono salarial: pagamento em 31 de janeiro de 2022
- Gratificação por tempo de serviço: pagamento somente aos funcionários que completaram o quinto ano de trabalho até 30 de abril de 2021. Não haverá acréscimo de 1% por ano a esses trabalhadores. Essa cláusula não se aplicará aos admitidos a partir de 1º de maio de 2021
- Demais cláusulas: manutenção do que consta no acordo coletivo