A professora Deisiana Bezerra, 37 anos, moradora da zona leste, afirma que o Banco Pan fez empréstimo no nome do seu pai, o aposentado Heleno Bezerra, 73, sem consentimento.

O fato ocorreu após a instituição financeira oferecer um cartão de crédito sem esclarecer que haveria uma mensalidade equivalente a 5% do benefício do cliente.

“Depositaram R$ 2.401 na conta do meu pai, quando ele questionou, disseram que se tratava da devolução de um valor que teriam descontado indevidamente. Mas na verdade, fizeram um empréstimo sem a autorização do meu pai”, detalha Deisiana.

Mesmo após o pedido de anulação do empréstimo, o aposentado notou descontos de R$ 101,69 desde outubro de 2020, quando aceitou a proposta do cartão de crédito da instituição.

“Estavam cobrando uma taxa que ninguém disse que teria, é um roubo. Se aproveitaram do meu pai, devem ter uma equipe especializada para enganar os idosos”, reclama Deisiana.

Em julho, houve mais um desconto, de R$ 460, na folha de pagamento do aposentado. Quando avisou sobre o erro ao Pan, foi informado que o valor será devolvido, mas não há prazo. “Eles disseram que dependem de o INSS devolver a quantia para só então repassarem para o meu pai. É absurdo”, diz.

Instituição devolve grana de consumidor

O Banco Pan informa que contatou o cliente e realizou o reembolso do dinheiro em sua conta, que deve cair em até dois dias úteis. O INSS afirma que os descontos efetuados em razão de empréstimo consignado são de responsabilidade do banco, portanto, é a instituição financeira quem deve devolver a quantia descontada indevidamente. O segurado pode solicitar o bloqueio do empréstimo consignado no benefício por meio do Meu INSS.