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Mãe espera vaga em escola para filha há quase um ano

Criança de 7 anos é autista e precisa de atendimento especial

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Yara Ferraz
São Paulo

A enfermeira Maria Luisa Souza Costa, 24 anos, moradora de Guaianases (zona leste), tenta uma transferência de escola para a filha de sete anos, diagnosticada com autismo, desde o ano passado. A mudança é solicitada pelo fato de a unidade oferecer uma melhor estrutura para o aprendizado da criança, diz a mãe.

De acordo com a leitora, após a conclusão da pré-escola, a filha já foi automaticamente transferida para uma escola estadual para começar o ensino fundamental.“Ela não está conseguindo realizar atividades, pois não possui uma acompanhante terapêutica e auxiliar de sala”, conta.

São Paulo (SP), 20/09/2021. Maria Luisa Souza Costa tem dificuldade para a transferência da filha em Guaianases, zona leste. (Foto: Arquivo pessoal)

Maria Luisa afirma que, por causa disso, ela precisava acompanhar a menina na sala de aula, mas, com o trabalho, isso só era possível após às 15h, sendo que a entrada na escola era 13h45.

“A escola não tinha recursos para acompanhá-la. E a orientação é para eu não permanecer dentro da sala de aula, sendo colocada uma cadeira na porta para que eu possa levá-la ao banheiro”, diz a leitora.

No mesmo bairro, a mãe pesquisou e encontrou uma escola municipal onde poderia ser feito um melhor acompanhamento da situação de sua filha, com possibilidade de solicitar uma auxiliar na sala de aula.

“Tento desde o ano passado, mas nunca tem vaga”, diz ela. “Atualmente, isso atrapalha. Ela é alfabetizada, mas fica somente desenhando e pintando na escola. Eu preciso pegar as atividades que a professora trabalha em sala para sentar e fazer com ela em casa”, afirma Maria Luisa.

Estado realiza a transferência

A Secretaria de Estado da Educação informa que a responsável pela estudante foi informada de que a vaga na escola pretendida foi disponibilizada.

“Até o momento, a estudante estava participando das aulas remotas e a responsável também retirava as atividades impressas, além da coordenadora da unidade auxiliar em todas as dúvidas ou dificuldades”, informa em nota.

A leitora confirmou. “A resposta aconteceu na mesma semana que contatei o Agora. Agradeço muito a ajuda”, diz.

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