Ka Freestyle e Argo Trekking, aventureiros que cabem no bolso
Ford 1.0 e Fiat, 1.3, tentam atrair fãs de SUVs com preços abaixo dos R$ 60 mil
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Com o mercado repleto de utilitários esportivos, as marcas se esforçam cada vez mais para ocupar todas as faixas de preço com opções de carros dessa categoria. Mas, nas mais baixas, não dá para fazer milagre. O jeito é usar o que se tem na prateleira para fazer um "SUV" mais barato.
Foi assim que surgiu o Fiat Argo Trekking. O modelo é um hatch com motor 1.3 de até 109 cv equipado com molduras pretas na carroceria, suspensão levemente elevada e pneus de uso misto terra/asfalto.
Tudo isso para ser uma opção mais em conta para quem sonha com um SUV, mas não tem mais de R$ 60 mil para gastar. O Argo em questão sai por R$ 59.990.
Do outro lado, temos o Ford Ka Freestyle 1.0 de até 85 cv. A receita é basicamente a mesma: plástico em volta do carro, rodas escurecidas e barras no teto. O interior é marrom, um diferencial em relação ao rival.
Por ter um motor menos potente, compensa em custar um pouco mais barato: R$ 56.690 e vem com rodas de liga leve 15" de série. Com o jogo do mesmo tamanho, o Fiat sobe para R$ 62.440.
Os dois possuem ar-condicionado, direção com assistência elétrica, tela multimídia com conexão de celulares Android e Apple e todos os apetrechos que dão o visual fora de estrada.
Ao volante
Apesar de ter um motor mais fraco, o Ka não faz feio na hora de acelerar. Dá conta do recado no uso urbano e pode chegar a 13 km/l usando gasolina na cidade. O Argo não passa de 12,1 km/l, segundo medição do Inmetro. Na estrada, o Ford pode fazer 15,1 km/l contra os 13,5 km/l do Fiat.
À bordo do Ka, nota-se um acabamento simples, mas caprichado. Os plásticos na cor marrom pode dividir opiniões, mas pelo menos a marca tentou fazer alguma coisa diferente.
Na versão Trekking, do Argo, a Fiat preferiu deixar tudo cinza. A cor mais neutra deixa o ambiente com a mesma cara de um Argo Drive comum, mas tende a agradar mais gente.
O espaço interno no Fiat é maior, com porta-malas também mais generoso. São 300 litros contra os 257 l do Ka.
O motor do Argo não chega a empolgar, mas tem um desempenho superior ao 1.0 do Ford, como era esperado. O consumo é maior, mas não é ruim, como nas versões 1.8 do hatch.
Ambos usam câmbio manual, equipamento que está caindo em desuso, mas que permanece vivo para que esses carros ainda possam custar menos de R$ 60 mil para o consumidor final.