Covas culpa concessionárias por tapa-buraco malfeito

Número de reclamações sobre má execução do serviço triplicou no 1º trimestre

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São Paulo

A gestão Bruno Covas (PSDB) responsabilizou nesta quinta-feira (16) as concessionárias de serviços públicos, como a Sabesp e a Comgás, pelas reclamações de reparo de tapa-buraco malfeito nas ruas e avenidas da cidade. O prefeito também admitiu que o serviço de tapa-buraco é um "paliativo" e que o ideal seria o recapeamento total da via.

Buraco na avenida Presidente Wilson, na Mooca (zona leste) - Rubens Cavallari/Folhapress

"Nós checamos todos os buracos de quase 4.300 reclamações sobre o tapa-buraco malfeito e 96% eram de concessionárias", afirmou o secretário municipal de Subprefeituras, Alexandre Madonezi.
Segundo dados da Central SP156, o número de reclamações de serviço de tapa-buraco malfeito triplicou no primeiro trimestre, comparado a igual período de 2018 (de 305 para 960).

Conforme os dados, a Subprefeitura da Sé, no centro, é a campeã, com 122 reclamações. E avenida Professor Luiz Ignácio Anhaia Mello, na zona leste, é que mais recebeu queixas: 30.
Como forma de melhorar os reparos feitos pelas concessionárias, o prefeito assinou nesta quinta-feira um decreto para cobrar qualidade dos serviços. 

Pelo decreto, as empresas deverão avisar a prefeitura antes de abrir e depois de fechar um buraco no asfalto ou na calçada. Com isso, a administração poderá fiscalizar o serviço e aplicar multa quando não for feito de acordo com as especificações técnicas previstas. O valor da multa depende do tamanho da área afetada, sendo de R$ 2.000 por m². 

Outra obrigatoriedade é enviar relatório de testes em laboratório sobre a qualidade do material utilizado no serviço. O decreto também determina que o tamanho do reparo será proporcional ao buraco aberto pela concessionária, seja no asfalto ou na calçada.

"Estamos exigindo das concessionárias o mesmo esforço que a prefeitura está fazendo para resolver esta questão [de tapa-buraco malfeito] aqui na cidade de São Paulo", disse o prefeito, após assinar o decreto.

Meta

O prefeito Bruno Covas disse que a meta da prefeitura é reduzir de 45 para dez dias o prazo para atender a uma solicitação de tapa-buraco feita pela central SP156. Ele espera atingir essa meta até o fim de junho.

Ele também disse que a prefeitura cumpriu a promessa de zerar em 40 dias o estoque de 38 mil solicitações de tapa-buraco. Segundo Covas, esses pedidos correspondem a 28 mil buracos que foram fechados --havia duplicidade de informações em alguns casos.

Porém, a reportagem do Agora encontrou nesta quinta um buraco na altura do número 3.104, na avenida Presidente Wilson, na Mooca (zona leste). O pedido para fechá-lo foi feito no dia 18 de fevereiro. Em nota, a prefeitura disse que vai avaliar o local e se a responsabilidade é dela.

Na quarta-feira, o Agora mostrou que a prefeitura só tinha fechado 10% dos 41,3 mil pedidos de tapa-buraco feitos entre janeiro e março deste ano. Segundo a gestão Covas, o relatório está desatualizado e as informações são até 31 de março, e que a próxima atualização será em julho.

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