Falso policial mata jovem com um tiro pelas costas
Crime ocorreu no Jardim Ângela e segurança confessou ter feito disparo
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Um falso policial civil é acusado de matar, com um tiro nas costas, um vigia de 20 anos, por volta das 5h de domingo (19), no jardim Ângela (zona sul). O segurança Humberto Ferreira de Moraes Júnior, 50 anos, confessou o crime. A defesa dele não foi encontrada pela reportagem.
De acordo com o irmão da vítima, um frentista de 28 anos, ele saía para trabalhar, quando se deparou com o irmão caído na rua Serafim Álvares. Após isso, ele correu até o bar de um tio, que fica próximo ao local do assassinato.
No comércio, quando informava sobre o que havia presenciado, o acusado teria chegado com uma arma em punho, além de ostentar um distintivo da Polícia Civil. Segundo o frentista, o segurança apontou a arma em sua direção. Em seguida, entrou em seu carro e fugiu do local.
A vítima foi encaminhada ao pronto-socorro do hospital M' Boi Mirim, mas não resistiu ao ferimento.
Segundo atestado de óbito, ele teve o pulmão perfurado. A vítima foi baleada uma vez.
Parentes do vigia Gilberto Aparecido Ribeiro Júnior disseram que ele bebia, antes de ser ferido, no bar onde seu irmão foi pedir ajuda após o crime. Por volta das 4h30, a vítima afirmou que iria comprar gelo. Instantes depois, foi baleado pelo segurança. O acusado acabou preso minutos após o homicídio, pela PM.
No carro dele foram encontrados dois distintivos, um da Polícia Civil e outro de agente penitenciário, e a arma usada no crime, uma pistola 9 mm com numeração raspada
Uma parente da vítima falou, em condição de anonimato, que o segurança costumava circular pelo bairro armado, afirmando ser policial civil. "Que uma tragédia iria acontecer, estava anunciado. Mas jamais iríamos imaginar que isso iria ser com o Beto [apelido da vítima]."
Em depoimento à polícia, o acusado confessou o homicídio. Ele alegou que a vitima parou a moto ao seu lado e disse: "Você é de onde?". "Ele pensou que seria morto pelo rapaz da moto e então disparou", afirma trecho do boletim de ocorrência. O acusado também falou que estava sofrendo ameaças, mas não disse de quem.