Mãe e filha confessam participação em morte de PM, diz polícia

Crime aconteceu em Araraquara e suspeito de dar marretadas está foragido

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São Paulo

Mãe e filha confessaram participação no assassinato de um PM, na madrugada desta terça-feira (4) em Araraquara (273 km de SP). O irmão da mulher mais velha, um pedreiro de 54 anos, era procurado pela polícia até a publicação.

O policial militar Elias Matias Ribeiro, 49, que teve o corpo carbonizado em possível crime passional em Araraquara (SP) - Arquivo Pessoal/Facebook

Ele é acusado de matar o policial com ao menos cinco marretadas. A defesa das mulheres não foi encontrada pela reportagem. 

Segundo a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Araraquara, o provável corpo do cabo Elias Matias Ribeiro, 49, foi encontrado carbonizado, no carro do policial, que estava ainda em chamas. O corpo dele, diz a PM, foi levado para a capital. 

Foram encontrados no veículo objetos do PM, como sua arma, colete à prova de balas, além de algemas. A motivação para o crime, segundo a polícia, foi passional.

Um policial falou que Ribeiro se relacionava com diversas mulheres, incluindo uma das acusadas, de 40 anos. "Nos chamou a atenção uma delas [de 22 anos agora presa]. Ela atendeu o telefonema, em um primeiro momento, nervosa. Depois não atendeu mais às ligações". Policiais foram até a casa das mulheres.

Na residência, segundo a DIG, verificaram que as rodas do carro estacionado eram compatíveis com marcas do local onde estava o corpo. A jovem de 22 anos foi levada em seguida à delegacia. 

Instantes depois, a mãe dela, 40 anos, também foi à DIG, onde ambas confessaram participação no crime que, ainda segundo a polícia, ocorreu após descobrirem que o PM havia se relacionado com uma segunda filha da acusada. A vítima foi atraída para a casa delas e, quando dormiu, foi morto pelo pedreiro.

O corpo do cabo da PM foi transferido para São Paulo para que a polícia científica possa confirmar com 100% a identidade vítima, em razão do estado do corpo, mas a própria PM dá como praticamente certo ser mesmo o cabo por algumas razões.

Primeiro, porque o veículo incendiado e onde o corpo foi encontrado pertencia ao PM; além disso, dentro do carro estavam o colete a provas de bala, a algema e arma da corporação utilizado por Ribeiro. Por fim, uma correntinha encontrada no corpo era de uso do PM.

Segundo o tenente-coronel Adalberto José Ferreira, Ribeiro era um policial muito querido na tropa e se aposentaria no próximo mês. O PM deixa cinco filhos.

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