Professora teve surto após ataque de alunos
Docente está internada no Hospital do Servidor, em São Paulo
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A professora de língua portuguesa e inglês de 45 anos vítima em de atos de vandalismo de alunos do 7º ano A da Escola Estadual Maria de Lourdes Teixeira, em Carapicuíba (Grande São Paulo), teve um surto em sua casa no último domingo. Descrita como uma pessoa tranquila, ela é filha de um professor de história e geografia de 77 anos, hoje aposentado, e tem três irmãs que também seguiram a mesma carreira.
Segundo relato de familiares, ela quebrou e arremessou objetos, gritou e teve seguidas convulsões que a levaram, primeiramente, para o pronto-socorro municipal de Itapevi (Grande São Paulo), cidade vizinha à Carapicuíba.
Depois, foi levada ao Hospital do Servidor Público Estadual, na Vila Clementino (zona sul da capital). A docente deu entrada na madrugada de segunda-feira (3) e permanecia internada nesta terça-feira (4), agora sem sedação. Não há previsão de alta.
“Imagina um pai ver uma cena dessa. Foi ele quem levou minha irmã, inicialmente, ao pronto-socorro, e ficou ao lado dela. Na verdade, está destruído também”, conta em entrevista ao Agora uma das irmãs, que também é professora e trabalha na mesma escola estadual.
Segundo ela, sua irmã é uma pessoa educada, tranquila, pacífica e que não gosta de discussão. “Tudo para ela é na base do diálogo, da conversa”, diz. Na vida pessoal, divorciada, mãe de universitário de 19 anos e cristã, a docente é amante de leitura, cinema e teatro.
No estado, trabalha há 26 anos. Nesta escola, dobra o período: manhã e tarde. Na semana, são cerca de 45 aulas, entre português e inglês.
A irmã diz que, além dos dez alunos do 7º ano A, outros dez, todos homens e de turmas do 6º e 9º anos, entre 12 e 16 anos, já foram identificados pela escola com o mesmo tipo de comportamento.
“São agressivos, dissimulados, irônicos, farristas, sem educação. Falam palavrões, chutam portas. Andam pelos corredores. Batem nos pequenos e pegam os lanches. Agridem verbalmente os professores. Enfim, não têm limites e apresentam comportamentos que a gente fica perplexa. E, no fim, todo mundo cruza os braços”, desabafa a professora com 25 anos de carreira na rede de ensino estadual.