Calçadões do centro de São Paulo têm buracos e desnível
Nas regiões da Sé, República e São Bento também foram encontrados remendos no piso
Conteúdo restrito a assinantes e cadastrados
Você atingiu o limite de
5 reportagens
5 reportagens
por mês.
Tenha acesso ilimitado: Assine ou Já é assinante? Faça login
Quem anda pelos calçadões da região central da capital, inclusive na parte histórica entre a Sé e a República, tem de desviar a todo instante de buracos e desníveis. O piso original da década de 1970 está completamente descaracterizado tamanha a quantidade de remendos.
Sem falar na dificuldade de quem tem mobilidade reduzida para caminhar entre tampas de bueiros e grelhas de ferro para captação de águas da chuva. Ou mesmo desviar de cones e cavaletes de proteção das valas abertas pelas concessionárias de gás, energia elétrica, água e esgoto.
O Vigilante Agora registrou tal situação ao caminhar por 22 ruas, pontos e praças no chamado centro velho de São Paulo na última segunda-feira (1º).
As tradicionais pedras portuguesas de mármore branco e placas de granito cinza instaladas em 1976, na gestão de Olavo Setúbal, serão trocadas.
A gestão Bruno Covas (PSDB) anunciou a revitalização dos calçadões da região central no último mês. Serão instaladas placas de concreto no lugar das pedras portuguesas.
A pior situação foi vista na rua Direita. Faltam pedras em vários pontos do calçamento, formando pequenos buracos.
Tampas de poços de inspeção de água, energia e gás ficam abaixo do nível do pavimento, formando mais desníveis pelos calçadões.
Ambulantes ilegais ocupam espaço nessas ruas da região central, diminuindo ainda mais o espaço disponível para a circulação.
"O Setúbal disse, ao inaugurar o calçadão, que nunca mais precisaria trocar o piso", recorda o hoje juiz aposentado Aristides Braga, 92 anos, ao caminhar de bengala com dificuldade pela rua Direita. "Deveria colocar o mesmo piso da avenida Paulista", sugere.
Resposta
A Prefeitura de São Paulo, gestão Bruno Covas (PSDB), diz em nota que iniciará neste semestre a revitalização dos calçadões da região central. Além de substituir as pedras portuguesas, o projeto prevê a construção de galerias técnicas que abrigarão a infraestrutura das concessionárias, a fim de evitar as constantes intervenções no passeio.
A Comgás (Companhia de Gás de São Paulo) disse que fará a "recomposição do piso original", assim que os trabalhos finalizarem na rua São Bento. A Enel afirmou que "recompôs o piso original" na rua Direita. Na José Bonifácio, disse que o trabalho foi concluído em abril. Na rua Dom José de Barros, a empresa afirmou não ter serviço no local.